Score 400 é bom?

A resposta direta e sincera é: não, o score 400 ainda é considerado baixo. Isso significa que, para os birôs de crédito — empresas que calculam essa pontuação com base no seu histórico financeiro —, você ainda representa um risco maior para quem oferece crédito ou vende a prazo.

No caso do Serasa Score, por exemplo, a pontuação 400 está dentro da faixa chamada “Baixa”. Já no Boa Vista Score, essa mesma pontuação também entra na categoria de “score baixo”. No caso do Quod Score, por fim, quem tem até 400 pontos é classificado na faixa de “alto índice de inadimplência”.

Portanto, mesmo que cada birô use uma metodologia própria para calcular o score, o fato é que, em todos eles, a pontuação 400 é vista como um indicativo de risco — e, por isso, pode dificultar a aprovação de crédito, limitar o valor do limite disponível ou até resultar em condições menos vantajosas, como juros mais altos.

Porém, é importante entender que os birôs não compartilham informações entre si e consideram critérios diferentes para montar a sua pontuação. Então, é possível que você tenha score 400 em um birô, mas um número um pouco mais alto (ou mais baixo) em outro. E isso é completamente normal.

Ao longo deste artigo, vamos responder outras dúvidas comuns sobre o score 400, explicar o que pode estar fazendo sua pontuação ficar nessa faixa e mostrar passo a passo o que você pode fazer para aumentá-la e conquistar mais confiança no mercado. Se esse é o seu caso, fica por aqui com a gente!

Consigo financiamento com score de 400?

Conseguir um financiamento com score 400 é difícil, mas não chega a ser impossível. Como esse tipo de crédito normalmente envolve valores altos e prazos longos, as instituições financeiras costumam ser bem cautelosas — afinal, elas querem reduzir ao máximo o risco de não receber.

Em geral, quem está acima dos 700 pontos costuma ter mais facilidade para ser aprovado e ainda conta com condições melhores, como taxas de juros mais baixas. Com uma pontuação mais baixa, como 400, o cenário já muda: além de as chances de aprovação serem menores, as condições oferecidas costumam ser menos vantajosas.

Mesmo assim, o score não é o único fator analisado. Se a pessoa apresenta uma renda compatível com o valor das parcelas, tem o nome limpo, costuma pagar tudo em dia e mantém um bom relacionamento com o banco, isso pode ajudar a equilibrar a avaliação. Em alguns casos, esses pontos positivos conseguem compensar a pontuação mais baixa.

Então, embora o score 400 seja uma barreira, ele não fecha todas as portas. Mas se a ideia é aumentar as chances de conseguir um financiamento com mais tranquilidade, o ideal é melhorar esse número antes de tentar.

Leia também: qual é o score ideal para um financiamento?

E cartão de crédito?

No caso do cartão de crédito, quem tem score 400 encontra um cenário um pouco mais flexível — embora ainda desafiador. Os bancos mais tradicionais tendem a liberar crédito com mais facilidade para quem já atingiu uma pontuação mais alta, geralmente a partir dos 600 pontos. Nessas faixas, é comum receber limites maiores e ter acesso a mais benefícios.

Mas isso não significa que quem tem score mais baixo está fora do jogo. Hoje em dia, é cada vez mais comum encontrar opções voltadas justamente para esse público. Alguns bancos digitais, por exemplo, oferecem cartões com análise menos rígida, voltados para quem está começando a construir ou recuperar seu histórico de crédito.

É claro que, nesse cenário, os limites iniciais costumam ser mais baixos e as vantagens, mais simples. Mas o cartão acaba funcionando como um primeiro passo para mostrar que você consegue se organizar, pagar em dia e, aos poucos, conquistar mais confiança no mercado. Ou seja: dá para conseguir, sim — só que as condições ainda são modestas, e a melhora do score continua sendo o caminho mais promissor.

Qual score já é considerado bom?

A resposta pode variar de um birô de crédito para outro, mas, de forma geral, a pontuação começa a ser vista como “boa” a partir dos 500 ou 550 pontos, dependendo da empresa que faz a análise.

No caso do Serasa, por exemplo, o score entre 501 e 700 já é considerado bom. Isso significa que, nessa faixa, o risco de inadimplência é visto como baixo — o que melhora bastante as chances de conseguir crédito com condições mais acessíveis. Quando o score ultrapassa os 701 pontos, ele já entra na categoria de excelente, indicando um perfil com histórico financeiro muito positivo.

A Boa Vista, por sua vez, considera que o score começa a ser bom a partir de 700 pontos, o que representa um nível de risco mais baixo. A faixa entre 550 e 700 é considerada intermediária — não chega a ser ruim, mas ainda exige atenção.

Já o Quod Score é um pouco mais exigente. Só a partir dos 701 pontos é que o consumidor entra na categoria de baixo risco de inadimplência. Ou seja, até mesmo quem tem entre 600 e 700 pontos ainda é visto com certa cautela.

De forma geral, dá para dizer que:

  • A partir de 500 pontos, você começa a ter chances melhores com alguns birôs;
  • Acima de 700 pontos, você já entra na zona de conforto da maioria das instituições financeiras;
  • Quanto mais próximo de 1000, melhor — porque além de facilitar o acesso ao crédito, também abre portas para benefícios como taxas mais baixas, limites maiores e menos burocracia na hora de contratar.

Se o seu score ainda está abaixo dessas faixas, não precisa se desesperar. Ainda dá tempo de organizar sua vida financeira e conquistar essa melhora — e nos próximos tópicos vamos mostrar como fazer isso na prática.

Como subir o score rapidamente?

A verdade é que não existe mágica para aumentar o score de uma hora para outra. Essa pontuação leva em conta o seu comportamento financeiro ao longo do tempo — e, por isso, exige constância. Porém, algumas atitudes podem acelerar esse processo e começar a mostrar resultado em poucas semanas ou meses, especialmente se forem mantidas com regularidade.

A seguir, preparamos um passo a passo com orientações que realmente ajudam a melhorar seu score. Algumas são mais conhecidas, outras nem tanto — mas todas são eficazes quando feitas com disciplina.

1. Regularize dívidas que estão em aberto

Pode parecer básico, mas esse é o ponto de partida. Se você tem dívidas ativas em seu nome — principalmente com atraso ou negativação — isso pesa muito no score. Quitar ou negociar essas pendências mostra ao mercado que você está disposto a resolver sua situação. O ideal é buscar acordos com condições que caibam no bolso e manter tudo em dia a partir daí.

2. Atualize seus dados nos birôs de crédito

Muita gente não sabe, mas manter suas informações cadastrais atualizadas (como endereço, telefone e renda) pode ajudar na análise do seu perfil. Isso porque os birôs conseguem avaliar melhor seu comportamento e associar o seu histórico corretamente. O cadastro atualizado também pode facilitar a sua aprovação em crédito, o que alimenta o score com bons registros.

3. Ative o Cadastro Positivo

O Cadastro Positivo funciona como um histórico do que você paga em dia — como contas de água, luz, telefone e boletos diversos. Ele já é automático para muitas pessoas, mas é importante verificar se está ativo e autorizado. Com ele, o seu score deixa de considerar só as dívidas negativas e passa a valorizar também o bom comportamento de pagamento.

4. Use crédito com responsabilidade (mesmo que seja pouco)

Se você já tem algum cartão ou limite aprovado, usar e pagar direitinho faz diferença no score. Mesmo com valores pequenos, movimentar o crédito mostra que você sabe lidar com ele. O segredo é não comprometer demais sua renda e pagar sempre o valor total, sem atrasos. Com o tempo, isso sinaliza confiabilidade ao mercado.

5. Evite pedir crédito em excesso

Cada vez que você faz uma solicitação de crédito (como empréstimo ou cartão), essa movimentação pode ser consultada pelos birôs. Vários pedidos em sequência podem indicar desespero financeiro, o que joga seu score para baixo. O ideal é fazer pedidos pontuais, quando realmente necessários, e aguardar um tempo antes de tentar de novo.

6. Crie um histórico (mesmo que do zero)

Se você nunca teve dívidas ou crédito no nome, seu score pode ser baixo por falta de informações. Nesse caso, buscar formas seguras de criar um histórico positivo pode ajudar. Uma opção é começar com cartão de crédito com garantia, fazer compras pequenas e manter tudo pago corretamente. Com o tempo, esse comportamento ajuda a construir sua reputação financeira.

7. Mantenha regularidade, não só pontualidade

Não adianta pagar tudo certinho por um mês e depois atrasar no seguinte. O score valoriza o comportamento ao longo do tempo, então, mais do que resolver tudo de uma vez, é importante manter uma rotina de controle financeiro. Use aplicativos, planilhas ou alarmes — o que for necessário para manter tudo em dia mês após mês.

Esperamos ter tirado todas as suas dúvidas sobre o score 400! E se você não entendeu porquê chegou a essa pontuação, confira o nosso artigo: por que meu score diminuiu do nada?

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Roberta Firmino

Formada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com mais de 7 anos de experiência com conteúdo para web. Escrevo para ajudar brasileiros a saírem das dívidas e a tomarem decisões financeiras mais conscientes.

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