Para conseguir um financiamento, um empréstimo ou mesmo um cartão de crédito, é indispensável passar por uma análise de crédito. Esse processo julga o risco de conceder crédito a uma pessoa, levando em consideração seu histórico de pagamentos.
Mas você sabe como essa análise realmente funciona? Neste artigo, você tira todas as suas dúvidas sobre o assunto e ainda confere 10 dicas para aumentar as suas chances de ser aprovado. Continue lendo e saiba mais!
Você vai ver nesse conteúdo:
Toggle- O que é a análise de crédito?
- Quando a análise de crédito acontece?
- Como é feita a análise de crédito?
- Para que serve a análise de crédito?
- Quais documentos podem ser exigidos na análise de crédito?
- Conheça os 5 Cs do crédito
- Como ser aprovado na análise de crédito? Confira 10 dicas!
- 1. Não atrase o pagamento de contas
- 2. Movimente o seu cartão de crédito
- 3. Coloque as contas no seu nome
- 4. Evite pedir o aumento do limite do cartão de crédito
- 5. Crie um relacionamento com o banco
- 6. Não tenha muitos cartões de crédito
- 7. Evite empresas onde você já teve dívidas
- 8. Mantenha seus dados atualizados
- 9. Comece com um crédito menor
- 10. Mantenha seu nome limpo
O que é a análise de crédito?
A análise de crédito é um processo bastante detalhado, no qual uma empresa avalia os riscos de ceder crédito a uma pessoa. Ao longo dessa análise, investiga-se a sua vida financeira e o seu histórico de pagamentos e dívidas.
Este é um procedimento padrão nas instituições que fornecem serviços e produtos financeiros (como empréstimos, financiamentos, cartões de crédito etc.). Mas ela também pode ser usada por outras empresas, como imobiliárias, antes do fechamento de contratos.
Quando a análise de crédito acontece?
Em geral, a análise de crédito é uma etapa fundamental para toda a concessão de crédito de uma instituição financeira. Nesse sentido, não importa se você está pedindo um cartão ou um financiamento: precisará passar pelo processo.
Alguns exemplos de serviços e situações que pedem análise do seu CPF são:
- solicitação de cartão de crédito;
- pedido de empréstimo;
- financiamento da casa própria;
- financiamento de veículos;
- cartões de crédito ou de compras de lojas próprias;
- carnês de lojas;
- empréstimos consignados;
- operações de arrendamento;
- aprovação de crédito em financiamento estudantil, como o Fies.
Como é feita a análise de crédito?
O primeiro passo da análise de crédito é uma consulta ao seu CPF nos órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa. Neles, avalia-se a existência de pendências financeiras e possíveis restrições.
Nesse sentido, pessoas com um baixo score de crédito ou com o nome sujo tendem a ter seu pedido de crédito rejeitado já na primeira etapa. Isso acontece porque esses indicativos representam um mau histórico de pagamentos e um alto risco financeiro para a instituição que oferece esses serviços.
Se estiver tudo certo com o seu CPF, porém, o processo continua normalmente. Em seguida, são solicitados documentos pessoais, comprovantes e, em alguns casos, telefones de referência para confirmar seus dados. Em casos de casamento, podem ser necessários os documentos das duas pessoas.
Por fim, é feita uma análise da renda. Ela serve para comprovar a sua capacidade de pagar o crédito pedido, bem como para definir o valor máximo que a instituição financeira pode oferecer como crédito.
Mas lembre-se: esses dois valores não necessariamente são compatíveis, podendo acontecer de uma pessoa pedir um crédito superior ao que a instituição financeira concorda em dar.
Vale ressaltar que, geralmente, as empresas só aprovam créditos que não ultrapassem mais do que 30% do seu salário para não ter o orçamento totalmente comprometido.
Alguém com nome limpo pode ter o crédito negado?
Sim. Um nome limpo nem sempre é garantia de crédito na praça. Afinal, a análise de crédito investiga o seu histórico como pagador por um período de tempo.
Por exemplo: se você ficou com uma dívida em aberto por cinco anos e ela acabou de caducar, mesmo que não conste mais no SPC ou Serasa, seu score de crédito poderá estar baixo.
Além disso, também são situações que podem impedir a sua aprovação:
- você compra pouco no seu CPF e há poucas informações sobre você no mercado;
- mesmo com o nome limpo, você paga suas contas em atraso com muita frequência;
- seu CPF é novo e você começou a comprar parcelado recentemente;
- você já teve uma dívida com aquele banco ou instituição financeira;
- sua renda é incompatível com a necessária para aprovar o crédito;
- você já tem muitas dívidas em aberto no seu CPF, mesmo que elas não estejam negativadas;
- você costuma pagar o mínimo do cartão.
Tenho o nome sujo. Posso conseguir crédito?
Sim. Embora seja mais difícil conseguir crédito quando existem pendências no CPF, não é impossível. Algumas opções que podem ajudar nesse processo são:
- Empréstimos com garantia (como FGTS, veículo ou imóvel);
- Cartões de crédito pré-pagos;
- Cartões específicos para negativados;
- Lojas que oferecem crediário próprio, mesmo com nome sujo.
Além disso, existem instituições financeiras que oferecem empréstimos para negativados, bem como financiamentos para quem tem o nome sujo. Nesses casos, as condições de pagamento e as taxas de juros podem ser menos atrativas — mas, se você precisa desses serviços, vale a pena investigar.
Para que serve a análise de crédito?
Além de analisar se você é um bom pagador, a análise de crédito é uma forma de estipular quanto o banco poderá lhe conceder de crédito. Ela também ajuda a definir o Custo Efetivo Total (CET) e os juros cobrados em serviços financeiros.
O valor varia de acordo com as políticas de cada instituição, mas vale saber que muitas empresas definem essa cobrança com base no perfil do cliente. Então, quanto melhor pagador você for, mais chances tem de conseguir um CET ou taxas de juros mais baixas.
Quais documentos podem ser exigidos na análise de crédito?
Ao passar pela análise de crédito, é comum que a instituição financeira solicite:
- Documento de identidade com foto, como RG e CNH;
- CPF;
- Comprovante de residência;
- Comprovante de renda, como os três últimos contracheques ou a carteira de trabalho. Se for autônomo, é comum pedirem o extrato mais recente da conta bancária para comprovar a movimentação financeira e terem uma referência do quanto você recebe por mês.
Além destes, as instituições financeiras podem solicitar outros documentos que julguem necessários durante a análise de crédito.
Conheça os 5 Cs do crédito
Você sabia que, além da análise de crédito, as instituições financeiras também usam alguns critérios para definir os riscos de você não conseguir arcar com as dívidas? São os chamados “5 Cs do crédito”, e eles se dividem da seguinte maneira:
- Caráter: está ligado ao histórico de crédito da pessoa e à confiabilidade. Por isso, avalia se você paga as suas dívidas direitinho e cumpre com as suas obrigações financeiras e fiscais.
- Capacidade: relaciona-se à sua capacidade financeira de pagar o crédito que lhe foi emprestado. Assim, é feita uma análise de renda, do histórico de crédito e da sua estabilidade financeira.
- Capital: diz respeito ao seu patrimônio. Nesse sentido, são avaliadas as suas economias, seus investimentos e qualquer outro ativo que possa ser usado para pagar o crédito caso você passe por dificuldades financeiras.
- Colateral: refere-se aos ativos tangíveis que podem ser usados como garantia pelo empréstimo ou crédito. Entram na conta imóveis, veículos e FGTS.
- Condições: tem relação com as condições econômicas e regulatórias do mercado, que podem afetar a sua capacidade de pagar. Aqui entram a taxa de juros, o prazo e o propósito do crédito, levando-se em consideração o mercado atual.
Como ser aprovado na análise de crédito? Confira 10 dicas!
Não existe uma fórmula perfeita para garantir que sua análise seja aprovada e que você consiga a concessão de crédito. Mas isso não quer dizer que você não pode adotar certos comportamentos para aumentar — e muito — as suas chances de aprovação.
Confira, abaixo, 10 dicas essenciais!
1. Não atrase o pagamento de contas
Pagar as contas com atraso é um indicativo de irresponsabilidade financeira — mesmo quando esse atraso acontece com poucos dias. Nesse sentido, vale a pena buscar estratégias que te lembrem de fazer esses pagamentos na data certa.
Uma opção é o débito automático, que envia o dinheiro da sua conta corrente sem atrasos — mas é necessário que esse saldo esteja lá. Outra ideia é, se possível, antecipar o pagamento de contas como o cartão de crédito. Além de, em alguns bancos, receber descontos na fatura, você também consegue liberar o seu limite mais rápido.
2. Movimente o seu cartão de crédito
Quanto mais você usa o cartão — e paga a fatura em dia —, mais chances tem de demonstrar que é um bom pagador. Além disso, comprova para as instituições financeiras que sabe se manter dentro do limite estipulado.
Mas lembre-se de ser responsável: nada de pagar apenas o valor mínimo, nem de usar 100% do limite todos os meses.
3. Coloque as contas no seu nome
Contas básicas, como água, luz e internet, devem estar no seu nome. Com isso, o mercado financeiro tem mais recursos para acompanhar a movimentação do seu CPF e o seu histórico de bom pagador.
4. Evite pedir o aumento do limite do cartão de crédito
Solicitar mais limite com muita frequência pode ser um indicativo de que você está sempre precisando de dinheiro e que não consegue adaptar a sua realidade para o limite oferecido. Nesse cenário, as instituições financeiras podem ficar receosas para liberar mais crédito.
5. Crie um relacionamento com o banco
Usar uma conta bancária de forma ativa na instituição onde você deseja fazer um empréstimo ou um financiamento é uma excelente maneira de construir um histórico positivo. Por isso, considere receber o seu pagamento nessa conta, usar o cartão de crédito e débito e mantê-la movimentada.
6. Não tenha muitos cartões de crédito
Muitos cartões de crédito podem significar uma dificuldade para se organizar financeiramente. Além disso, se você tem vários cartões com o limite baixo, esse é um indicativo de que você já ultrapassou o limite de crédito ideal para o seu perfil — ou seja, está “forçando” mais crédito do que é capaz de pagar.
7. Evite empresas onde você já teve dívidas
Mesmo que seu nome já esteja limpo, uma vez que você contraiu dívidas com uma instituição financeira, seu cadastro interno fica ativo indicando um histórico de débito. Nesse cenário, uma nova liberação de crédito pode ser imediatamente negada, ou ter juros e riscos muito maiores.
8. Mantenha seus dados atualizados
Dados incorretos ou desatualizados podem indicar que você está tentando esconder informações ou “fugir” de cobranças. Por isso, mantê-los em dia te ajuda a ter mais chances de conseguir o crédito desejado.
9. Comece com um crédito menor
Em vez de solicitar um limite de 5 mil reais, que tal começar com um valor mais baixo e ir aumentando aos poucos? Dessa forma, o banco tem mais tempo para entender que pode confiar em você, e você evita passar a imagem de alguém que está desesperado pelo crédito.
10. Mantenha seu nome limpo
Pode parecer óbvio, mas não custa lembrar: um nome limpo é a melhor forma de conseguir o crédito desejado. Afinal, ele é o maior indicativo de um bom histórico de pagamentos.
Pensando nisso, e agora que você já entendeu como a análise de crédito funciona, que tal conhecer formas seguras e rápidas de limpar o seu nome? Assim, você aumenta suas chances de fechar um empréstimo, um financiamento ou qualquer outro serviço financeiro. Confira!