Por que meu score diminuiu do nada?

Você já olhou seu score de crédito e se assustou com a pontuação? Muita gente passa por isso. O número parece cair do nada, mesmo quando não há nenhuma dívida em atraso ou nome sujo. A verdade é que o score é como um boletim do seu comportamento financeiro — e, como qualquer boletim, ele pode mudar de acordo com suas atitudes e com o que o mercado enxerga sobre você.

Mas o que será que realmente pesa nessa nota? E por que ela muda mesmo quando tudo parece estar sob controle? Neste artigo, você vai entender os motivos que fazem o score cair, o que influencia na pontuação mesmo sem dívidas e, o principal: como reverter essa situação. 

Se você quer se organizar melhor e voltar a ter acesso ao crédito com mais facilidade, essa leitura é pra você!

Por que o score baixou de repente?

Se o seu score caiu do nada, a primeira reação é achar que aconteceu algum erro — mas na maioria dos casos, essa queda tem explicação. O score é uma pontuação dinâmica, que reflete o seu comportamento financeiro ao longo do tempo, e por isso ele pode subir ou descer mesmo sem que você perceba uma mudança muito evidente.

Essa pontuação é calculada por birôs de crédito, como Serasa, Boa Vista, SPC Brasil e Quod, que utilizam modelos próprios e diferentes entre si, mas que compartilham alguns critérios em comum. O que eles avaliam, em geral, inclui:

  • Se você paga as contas em dia;
  • Quanto tempo você usa crédito (como cartões, empréstimos e financiamentos);
  • Quantas vezes seu CPF foi consultado por empresas;
  • Se você tem ou já teve dívidas negativadas;
  • Seus dados cadastrais, como endereço, idade e vínculo com empresas;
  • A quantidade e o tipo de crédito que você utiliza;
  • E se você está no Cadastro Positivo, que mostra seu histórico como bom pagador.

Esses critérios aparecem em diferentes pesos, dependendo do birô. Por exemplo:

  • O SPC Brasil dá bastante importância à diversidade de crédito e à forma como você usa esses produtos;
  • A Boa Vista analisa o comportamento de pagamento dos últimos 5 anos;
  • O Quod considera fortemente o histórico de atrasos e o tipo de contrato ativo que você tem;
  • Já o Serasa deixa bem claro como o score é calculado — e é justamente esse modelo que vamos usar como exemplo no próximo tópico.

Então, mesmo que você esteja com tudo em dia hoje, o score pode cair se houve alguma mudança no seu perfil de crédito, se você deixou de usar crédito por um tempo ou mesmo se empresas passaram a consultar seu CPF com mais frequência.

Leia também: Pedir aumento de limite diminui o score?

Por que meu score está baixo se não tenho dívidas?

Essa é uma dúvida super comum — e a resposta está no fato de que o score não olha só se você está negativado ou não. Ele avalia um conjunto bem maior de informações, que formam o seu histórico financeiro.

Muita gente acredita que o principal fator que abaixa o score é ter o nome sujo. Mas na verdade, estar negativado é só uma das variáveis consideradas — e não é nem a mais importante em certos tipos de pontuação.

Para deixar isso bem claro, vamos usar como exemplo a distribuição oficial dos critérios do Serasa, que divulga exatamente como calcula o score:

  • 29% da pontuação vem de pagamentos em dia;
  • 24% se refere ao tempo de relacionamento com crédito — ou seja, há quanto tempo você tem cartão, empréstimo, financiamento etc.;
  • 21% é o peso dado para dívidas em aberto ou já quitadas;
  • 12% corresponde ao número de consultas ao CPF feitas por empresas;
  • 8% leva em conta dados cadastrais atualizados;
  • 6% se refere aos contratos ativos que você tem.

Percebe como o nome sujo nem está no topo da lista? Ter um bom histórico e pagar as contas em dia tem mais peso do que estar ou não negativado. Além disso, se você tem pouco tempo de crédito no mercado, seu score também tende a ser mais baixo, mesmo que você nunca tenha se endividado.

Outro fator que muita gente esquece é o Cadastro Positivo. Ele reúne informações sobre pagamentos de contas e financiamentos que não estão atrasados, funcionando como um “currículo financeiro”. Estar com o Cadastro Positivo ativo e bem alimentado pode melhorar significativamente sua nota.

Então sim, é totalmente possível estar com o nome limpo e ainda assim ter um score baixo. Isso acontece, principalmente, quando falta histórico de crédito, movimentação recente ou dados suficientes para mostrar que você é um bom pagador.

Por que o score diminui quando há consulta?

Quando uma empresa consulta seu CPF, ela está analisando se vale a pena te oferecer crédito. Mas, do ponto de vista dos birôs, muitas consultas em um curto período de tempo podem indicar risco. Isso porque parece que você está buscando crédito com urgência — o que pode ser interpretado como sinal de descontrole financeiro.

Veja como isso pesa no cálculo, segundo o Serasa: 12% da pontuação do score depende da quantidade de consultas feitas ao CPF. Ou seja, não é um fator principal, mas pode sim afetar.

Além disso:

  • A Boa Vista também considera a busca por crédito como um dos pilares do score, especialmente se for algo repetitivo em pouco tempo.
  • O SPC analisa o histórico de consultas para entender se há uma tentativa constante de conseguir novos créditos ou financiamentos.
  • No Quod Score, a quantidade e a frequência dessas buscas também entram na conta.

Isso quer dizer que, sim, muitas consultas podem diminuir sua pontuação, principalmente se você já estiver em um momento mais delicado financeiramente. Mas uma ou outra consulta não deve causar um impacto significativo — desde que o restante do seu histórico esteja equilibrado.

Quantas consultas no CPF baixam o score?

Não existe um número exato de consultas que automaticamente derruba o score, porque tudo depende do seu perfil e do contexto financeiro. No entanto, o excesso de consultas em um curto período chama a atenção dos birôs de crédito.

De forma geral:

  • Uma ou duas consultas isoladas dificilmente afetam seu score.
  • Três ou mais consultas em poucos dias já podem começar a impactar negativamente, especialmente se sua pontuação estiver instável.
  • Se você está com o score baixo ou com histórico de atrasos, qualquer nova consulta pode pesar mais na conta.

É como se o sistema “interpretasse” que você está em busca desesperada por crédito, o que pode ser sinal de endividamento.

O ideal é evitar consultar crédito em muitos lugares ao mesmo tempo. Por exemplo: se você for pedir um empréstimo, compare as opções antes de autorizar a consulta ao CPF — ou escolha plataformas que permitem simulações sem consulta.

Qual é o score bom?

A verdade é que cada birô de crédito tem seus próprios critérios de avaliação e faixas de pontuação. Por isso, a definição do que é um “bom score” pode variar de um lugar para outro — mas, no geral, quanto mais próximo de 1000, melhor.

Vamos começar pelo Serasa. O score por lá vai de 0 a 1000 pontos. Até 300 é considerado muito baixo, ou seja, uma pontuação que praticamente impede qualquer concessão de crédito. De 301 a 500 é um score ainda frágil, com pouca chance de aprovação. Já a partir de 501 pontos, a pontuação começa a ser vista com bons olhos, indicando que a pessoa tem mais chances de conseguir crédito. A partir de 701, o consumidor entra no grupo de excelência, com alta probabilidade de aprovação e melhores condições de juros e prazos.

Na Boa Vista, o sistema é parecido: também varia de 0 a 1000, mas com classificações mais detalhadas. Pontuações até 549 são vistas como abaixo da média — geralmente associadas a consumidores com registros de inadimplência. Entre 550 e 624 pontos, o score é considerado médio, com alguma chance de conseguir crédito, dependendo da política da empresa. De 625 a 699 já é visto como bom, e de 700 a 799, muito bom. Quem ultrapassa os 800 pontos entra em um seleto grupo com altíssimo nível de confiança no mercado.

O SPC Brasil também adota a faixa de 0 a 1000, e quanto mais alto o número, melhor é a leitura sobre o seu comportamento financeiro.

Já o score da Quod funciona de forma um pouco diferente: ele começa nos 300 e vai até 1000. Pontuações mais próximas dos 300 indicam alto risco de inadimplência. Acima dos 500 pontos, o risco já é considerado médio. A partir dos 800, a pessoa passa a ser vista com baixa chance de não pagar seus compromissos, ou seja, é um perfil bastante desejado pelas empresas de crédito.

No fim das contas, se o seu score está acima de 700 em qualquer um desses birôs, você provavelmente será visto como um consumidor confiável. Mas se estiver abaixo de 500, vale a pena entender os motivos e buscar estratégias para melhorar sua pontuação — e o nosso blog está cheio de conteúdos que podem te ajudar com isso.

Como resolver um score baixo?

Ter um score baixo pode parecer um problema difícil de resolver, mas a boa notícia é que ele não é definitivo. Como a pontuação é baseada no seu comportamento financeiro, isso significa que, com atitudes consistentes, é totalmente possível reverter a situação e construir uma imagem mais positiva no mercado de crédito.

O primeiro passo é regularizar qualquer pendência em seu nome. Se você tem dívidas em aberto, vale a pena buscar formas de negociação — muitas vezes com descontos ou opções de parcelamento. 

Fechar acordos e cumprir com os pagamentos combinados é um dos principais sinais de recuperação para os birôs de crédito. Inclusive, algumas plataformas, como a Acerto, ajudam você a consultar e negociar dívidas com praticidade, sem precisar sair de casa.

Além de quitar dívidas, é importante manter o pagamento de contas do dia a dia sempre em dia — como água, luz, telefone, internet e boletos diversos. Isso mostra que você tem responsabilidade com os compromissos assumidos. 

Outro ponto importante é manter seus dados cadastrais atualizados, tanto nos birôs quanto nas instituições financeiras com as quais você se relaciona. Informações desatualizadas podem prejudicar sua avaliação de crédito.

Ativar e manter o Cadastro Positivo também é uma estratégia fundamental. Ele funciona como um histórico do seu comportamento como pagador — incluindo pagamentos que você fez em dia — e pode ajudar muito a melhorar sua pontuação com o tempo.

Se você não tem dívidas, mas ainda assim seu score está baixo, o problema pode estar na ausência de movimentações financeiras. Isso acontece porque os birôs não têm informações suficientes sobre o seu perfil de consumo. Nesse caso, usar o crédito com consciência — como um cartão com limite pequeno e fácil de controlar — pode ajudar a criar um histórico positivo. O ideal é usar o crédito e pagar direitinho, mês a mês.

Outra dica importante é evitar muitas consultas ao seu CPF em um curto espaço de tempo. Quando você faz muitos pedidos de crédito em sequência, isso pode indicar ao mercado que você está com dificuldades financeiras, o que impacta negativamente o score. Por isso, antes de fazer várias simulações ou pedidos de empréstimo, avalie se é realmente necessário.

Em resumo: resolver um score baixo exige organização, disciplina e paciência. Não existe fórmula mágica, mas cada escolha financeira que você faz pode contribuir (ou atrapalhar) sua pontuação. Se o seu objetivo é ser visto como um bom pagador, cada conta paga em dia e cada dívida negociada contam pontos — literalmente.

E que tal começar a melhorar a sua pontuação agora? Consulte o seu CPF na Acerto e resolva as suas pendências com descontos e parcelamentos. É rápido, fácil e seguro!

Summary

Roberta Firmino

Formada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com mais de 7 anos de experiência com conteúdo para web. Escrevo para ajudar brasileiros a saírem das dívidas e a tomarem decisões financeiras mais conscientes.

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