Quando o score está baixo, é comum bater a dúvida: será que consigo um empréstimo? A resposta é sim, mas com alguns cuidados no caminho. Cada banco olha mais do que números, e entender isso ajuda a abrir portas sem cair em armadilhas.
Neste guia você vai encontrar explicações simples sobre como funcionam as principais opções de crédito e o que fazer para contratar de forma segura. Acompanhe!
Você vai ver nesse conteúdo:
Toggle- Dá para conseguir empréstimo com score baixo?
- Como os bancos analisam seu pedido?
- Quais são as opções?
- Quais bancos oferecem empréstimo para score baixo?
- Passo a passo para contratar com segurança
- 1. Defina o valor exato que precisa
- 2. Pesquise e faça simulações em diferentes instituições
- 3. Compare taxa de juros e CET (custo efetivo total)
- 4. Verifique a reputação da instituição
- 5. Leia o contrato com calma
- 6. Teste o orçamento com a parcela simulada
- 7. Guarde comprovantes e organize o calendário de pagamento
- Qual o score mínimo para empréstimo pessoal?
- Quando vale a pena contratar com score baixo?
- Fechando a conta
Dá para conseguir empréstimo com score baixo?
Sim. Mesmo com score baixo, ainda é possível conseguir crédito, mas as condições tendem a ser diferentes. Em vez de taxas menores e prazos longos, a pessoa pode se deparar com juros mais altos e valores mais baixos.
Os bancos analisam mais do que a pontuação. Aspectos como renda estável, histórico de pagamento, tempo de relacionamento e informações no Cadastro Positivo também pesam bastante.
O que influencia além do score
- Renda comprovada e estável;
- Histórico de contas pagas em dia;
- Quantidade de dívidas em aberto;
- Tempo de relacionamento com o banco.
Esses pontos ajudam a explicar por que duas pessoas com a mesma pontuação podem ter resultados diferentes ao pedir crédito.
Como os bancos analisam seu pedido?
Ao solicitar um empréstimo, a instituição confere documentos, renda e comportamento financeiro. A proporção entre parcela e renda líquida é decisiva. Em regra, a parcela mensal não deve ultrapassar cerca de 30% do que você recebe.
Outro detalhe importante é o comportamento recente. Muitos pedidos de crédito em pouco tempo passam a impressão de urgência ou dificuldade financeira, o que reduz a chance de aprovação.
Quais são as opções?
Mesmo com o score de crédito baixo, existem algumas modalidades de empréstimo que costumam ter mais chances de aprovação.
Essas opções foram criadas para reduzir o risco para o banco e, ao mesmo tempo, atender quem precisa de crédito em situações específicas. Confira as principais!
Empréstimo consignado
O consignado costuma ser a opção mais acessível para quem tem carteira assinada, benefício do INSS ou é servidor público. As parcelas são descontadas direto da folha ou do benefício, reduzindo o risco de inadimplência.
Por que vale a pena: taxas mais baixas, aprovação menos dependente do score. Atenção: verifique sua margem consignável e o custo efetivo total (CET).
Empréstimo com garantia
Aqui, você oferece um bem — imóvel, veículo ou até saldo do FGTS — como garantia. Com isso, o banco cobra juros menores e libera valores maiores.
Pontos positivos:
- Juros mais baixos que em outras linhas;
- Prazos mais longos e valores mais altos.
Pontos de atenção:
- Risco real de perder o bem em caso de inadimplência;
- Cláusulas de alienação e leilão devem ser lidas com calma.
Empréstimo pessoal
O empréstimo pessoal é prático: o dinheiro cai direto na conta e você não precisa justificar o uso. Algumas fintechs e bancos digitais têm processos mais flexíveis, aumentando as chances de aprovação mesmo com score baixo.
O que observar:
- Taxas de juros mais altas;
- Necessidade de comparar várias ofertas;
- Qualquer cobrança antecipada para liberar o crédito.
Microcrédito para autônomos e MEIs
Voltado a pequenos empreendedores, o microcrédito libera valores menores, muitas vezes acompanhados de orientação financeira. A análise foca na capacidade de geração de renda do negócio.
Exemplos de uso: capital de giro, compra de equipamentos simples, reforma do espaço de trabalho.
O ideal é apresentar um plano de uso claro e guardar notas fiscais e comprovantes.
Quais bancos oferecem empréstimo para score baixo?
Alguns bancos tradicionais e digitais possuem linhas específicas que podem aprovar mesmo em cenários de pontuação baixa.
- Caixa Econômica Federal: costuma liberar crédito consignado e com garantia do FGTS.
- Banco do Brasil: opções de consignado para servidores e aposentados, além de crédito com garantia de imóvel ou veículo.
- Bradesco e Itaú: oferecem consignado e empréstimos pessoais, com análise mais flexível para clientes já correntistas.
- Santander: libera empréstimos pessoais e consignados, além de linhas para autônomos.
- Banco Pan e Inter: conhecidos por aprovar crédito para negativados ou com score baixo, geralmente em consignado ou pessoal.
- Fintechs como Nubank e C6 Bank: análise rápida via aplicativo, muitas vezes aprovando limites menores, mas com processo simplificado.
Vale lembrar que a aprovação depende do conjunto de fatores, não só do score. Ser cliente ativo, manter movimentação regular na conta e ter cadastro positivo ativo aumenta bastante as chances.
Passo a passo para contratar com segurança
Contratar um empréstimo exige calma e atenção. Quando o score está baixo, essa cautela deve ser ainda maior, já que as condições tendem a ser mais rígidas.
Veja abaixo como reduzir riscos e garantir que o crédito realmente funcione como apoio, e não como um peso a mais no orçamento.
1. Defina o valor exato que precisa
O primeiro passo é ter clareza sobre o motivo do empréstimo. Se a ideia é pagar uma dívida, faça as contas e descubra exatamente quanto precisa para quitá-la.
Se for uma emergência médica ou um reparo em casa, levante os custos reais. Pedir um valor maior do que o necessário pode parecer tentador, mas aumenta o total de juros e prolonga a dívida, dificultando a organização financeira no futuro.
2. Pesquise e faça simulações em diferentes instituições
Nunca feche contrato com a primeira proposta que aparece. Use simuladores online e consulte pelo menos três bancos ou fintechs.
Compare prazos, juros e condições de pagamento. Muitas vezes, pequenas diferenças na taxa de juros significam centenas de reais a mais ou a menos no valor final. Essa comparação dá mais poder de escolha e evita decisões precipitadas.
3. Compare taxa de juros e CET (custo efetivo total)
A taxa de juros mensal ou anual mostra parte do custo, mas o número mais importante é o CET, que reúne todas as cobranças do contrato: tarifas, impostos, seguros e encargos.
Dois empréstimos com juros semelhantes podem ter CETs bem diferentes, mudando totalmente o valor que você vai pagar no fim. Por isso, ao analisar propostas, olhe sempre o CET e não apenas o valor da parcela.
4. Verifique a reputação da instituição
Antes de assinar qualquer contrato, confirme se o banco ou financeira é de confiança. Consulte o site do Banco Central, que lista instituições autorizadas a operar, e veja também avaliações em sites como Reclame Aqui.
Essa etapa ajuda a evitar armadilhas de empresas que prometem aprovação fácil e escondem cobranças abusivas ou até golpes. Segurança deve vir em primeiro lugar.
5. Leia o contrato com calma
Nada de assinar sem entender. Reserve um tempo para ler todas as cláusulas, mesmo as que parecem complicadas.
Observe o que acontece em caso de atraso, se há cobranças de seguros embutidos e como funcionam as regras de renegociação. Se algo não ficar claro, peça explicações por escrito. Um contrato transparente é sinal de uma negociação mais segura.
6. Teste o orçamento com a parcela simulada
Antes de contratar, coloque no papel quanto do seu salário já está comprometido com outras despesas. A parcela do empréstimo não deve passar de 30% da renda líquida, mas o ideal é que caiba com folga.
Imagine cenários de imprevistos: se o salário atrasar ou se surgir uma nova conta, ainda será possível pagar a parcela? Esse exercício simples evita apertos e endividamento maior.
7. Guarde comprovantes e organize o calendário de pagamento
Depois que o empréstimo for aprovado, guarde todos os comprovantes e mantenha uma cópia do contrato em local seguro. Anote as datas de vencimento das parcelas em agenda, aplicativo ou configure o débito automático.
Assim você evita atrasos, mantém o score estável e constrói um histórico positivo com a instituição, o que pode abrir portas para condições melhores no futuro.
Com esses cuidados, você reduz o risco de surpresas no meio do caminho.
Qual o score mínimo para empréstimo pessoal?
Não existe um número único que garanta a aprovação. Cada instituição define sua própria régua de risco, e o score é apenas parte da análise.
Em linhas gerais:
- Abaixo de 300: aprovação rara e condições caras;
- Entre 300 e 500: risco alto, mas pode haver crédito com garantias ou consignado;
- Entre 500 e 700: chances melhores, com taxas medianas;
- Acima de 700: melhores condições de mercado, juros menores e limites mais altos.
Vale lembrar que renda, estabilidade e relacionamento com o banco podem pesar tanto quanto a pontuação.
Quando vale a pena contratar com score baixo?
Um empréstimo pode ser a solução em emergências reais, como despesas médicas ou reparos essenciais em casa. Mas não deve servir para cobrir gastos recorrentes ou consumo por impulso.
Antes de contratar, faça a pergunta: “se não fosse hoje, eu ainda pediria esse crédito?”. Essa reflexão simples evita cair em armadilhas que podem comprometer a saúde financeira.
Fechando a conta
Empréstimo com score baixo existe, mas exige cautela. As modalidades mais viáveis são o consignado, o com garantia, o pessoal em bancos e fintechs e o microcrédito para autônomos.
Não há um “score mínimo” fixo: cada instituição analisa o conjunto. O que importa é apresentar um pedido coerente, manter os dados em dia e comparar ofertas. Com organização e escolhas conscientes, dá para acessar crédito mesmo em um cenário de pontuação baixa, e sem comprometer o futuro financeiro.
Se você quer dar o próximo passo e tomar decisões com mais segurança, vale investir alguns minutos em aprender como colocar as finanças no dia a dia.
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