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O Que É Open Banking e Quais Os Benefícios Na Prática?

Tempo de leitura: 4 minutos

Já parou para pensar na quantidade de dados que o banco que você usa tem sobre a sua vida financeira? Open banking (ou banco aberto, em tradução literal) é um tipo de sistema bancário que garante ao cliente o direito de levar essas informações para onde quiser. 

Na prática, isso significa que os consumidores terão liberdade e facilidade para mudar de banco ou contratar um produto financeiro, entre outras vantagens.

O sistema ainda não está disponível no Brasil, mas o processo de implantação já está sendo realizado pelo Banco Central e a expectativa é de que tudo seja finalizado até dezembro de 2021. 

Então, vamos entender melhor como o open banking funciona e como ele pode impactar a sua vida financeira? Boa leitura!  

O que é open banking?

O principal conceito que envolve o open banking é muito simples: o cliente, que é proprietário dos seus dados financeiros, pode decidir se deseja (ou não) compartilhar suas informações com outras instituições ou serviços. 

Dessa forma, o seu histórico de crédito em um banco (contas pagas, salários, perfil de gastos e prestações, entre outras informações) pode ser facilmente levado para outra empresa e o relacionamento não precisaria começar do zero. 

Para isso, basta que o cliente solicite esse compartilhamento para a sua atual instituição financeira, por meio do app ou internet banking que já está acostumado a usar. 

Em resumo, os objetivos do open banking são:

  • aumentar a competitividade entre as instituições;
  • incentivar a criação de produtos e serviços inovadores;
  • dar mais liberdade de escolha aos clientes. 

Como essa tecnologia funciona?

Pelo open banking possibilitar a junção de várias informações bancárias dos usuários em um local único, a integração e consulta de informações pelas instituições se torna bem mais simples.

Por exemplo: após a solicitação e autorização do cliente, o sistema do Inter vai poder compartilhar seus dados com o aplicativo do Banco do Brasil. 

Isso não significa que todos os bancos vão ter a mesma tecnologia ou que as informações vão ficar em um ambiente desprotegido, em que qualquer usuário pode acessar sem autorização. 

Apenas parte dos sistemas será padronizada para que seja possível existir a troca com outras instituições — ou seja: compartilhar e receber dados. Além disso, tudo será feito respeitando as regras da LGPD (Lei Geral de Proteção dos Dados Pessoais). 

O open banking promete facilitar a nossa vida na hora de mudar de banco, organizar suas finanças em aplicativos de controle financeiro e solicitar empréstimos, fazer portabilidade de dívida, entre outras situações.

Todo esse processo acontece por meio de APIs.

Ok, mas o que são APIs?

API, ou Application Programming Interface, é uma parte do sistema criada para que ele possa “se relacionar” com outros sistemas. 

Você utiliza API quando faz login em um site utilizando o seu cadastro em uma rede social, por exemplo. Nesse caso, você deu permissão para que a página tenha acesso a determinadas informações que você disponibilizou quando fez o cadastro na rede. 

O open banking funciona de um jeito similar. Nesse caso, todas as instituições financeiras vão ter APIs, ou seja, vão permitir que outras empresas consigam visualizar os dados  e criar produtos por meio deles — sempre mediante a solicitação do cliente e seguindo regras restritas de segurança. 

Quais empresas vão participar do open banking?

No Brasil, todas as empresas financeiras que atuam com regulação do Banco Central podem participar do open banking

Entre elas, instituições consideradas de grande porte, como a Caixa, o Banco do Brasil, Itaú, Santander são obrigadas a aderir ao sistema. As demais, como as fintechs e instituições de pagamento, como Nubank, Mercado Pago, PicPay podem escolher se vão adotar a tecnologia ou não. 

Entretanto, é muito provável que a maioria das instituições regulamentadas pelo BC não queiram ficar de fora dessa inovação. 

4 benefícios que o Open Banking pode trazer para a sua vida

Ok. Agora que você já entendeu o que é open banking, como esse grande projeto vai envolver as empresas que oferecem serviços financeiros, fica a dúvida: como isso impacta a sua vida? Veja alguns dos benefícios?

1. Menos burocracia e mais liberdade

Ter um histórico de relacionamento com uma empresa é um dos fatores que pesam durante uma análise de crédito.

Por isso, muitas pessoas, mesmo insatisfeitas com o serviço, continuam clientes do banco X para não correrem o risco de ficar sem determinados benefícios, como um bom limite no cartão de crédito.  

Com o open banking, isso não precisa acontecer. Afinal, com poucos cliques é possível autorizar o compartilhamento dos dados financeiros para outra instituição e demonstrar todo o seu potencial como cliente. 

2. Aumento da oferta de produtos e serviços

O open banking vai tornar o mercado bancário mais competitivo, já que grandes, médias e pequenas empresas terão acesso de forma igualitária aos dados e os clientes terão muito mais liberdade de escolha.

As instituições vão precisar se esforçar ao máximo para oferecer uma boa experiência, além de excelentes opções de produtos para conseguirem chamar a atenção dos clientes. 

Portanto, a tendência é que a variedade de produtos e serviços aumente e com preços mais atrativos. 

3. Mais rapidez e menos custos 

A integração de sistemas por meio de APIs é um processo mais rápido e barato para os bancos. O que permite que essas empresas concentrem os seus esforços para oferecer uma melhor experiência aos usuários. 

4. Segurança das informações 

A segurança é uma das premissas para que o open banking seja implantado. Sendo assim, vai acontecer uma série de estudos e investimentos para desenvolver a infraestrutura necessária para que o compartilhamento dessas informações seja feito de forma segura. 

Quando o Open Banking será implantado no Brasil?

Depois da inclusão do PIX e da ascensão dos bancos digitais, o mercado financeiro do Brasil se prepara novamente para grandes mudanças com o início da implementação do open banking. 

O processo para que isso aconteça é longo e foi dividido em 4 fases, com início no dia 1º de fevereiro de 2021 e conclusão até o dia 15 de dezembro do mesmo ano

Uma mudança no cronograma foi promovida pelo Banco Central. O começo da implantação era previsto para o dia 30 de novembro de 2020, mas foi adiado devido aos impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus. 

Estamos diante de algo completamente novo para os brasileiros, mas que já está dando  certo em outros lugares do mundo, como nos EUA, no Japão e na Austrália. Por conta disso, existe uma grande expectativa para que a tecnologia ajude a desburocratizar o nosso mercado financeiro. 

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