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Vale a pena amortizar minha dívida? Como fazer isso?

Tempo de leitura: 6 minutos

Quando falamos de finanças, especialmente sobre empréstimos e financiamentos, a palavra “amortização” pode parecer complexa. Porém, entender esse conceito é fundamental para quem deseja gerenciar melhor as suas dívidas. Afinal, amortizar um financiamento pode ser uma das decisões financeiras mais inteligentes que você pode tomar.

Este guia completo vai desmistificar o tema, explicando o que é, como funciona e quais são as melhores estratégias para aplicá-lo no seu dia a dia financeiro.

Qual é o conceito de amortização?

Amortização é o processo de reduzir gradualmente o valor de uma dívida através de pagamentos periódicos. Em termos simples, cada parcela que você paga é dividida em duas partes: uma que cobre os juros e outra que diminui o saldo principal do empréstimo.

Para dívidas grandes, como financiamentos imobiliários ou de veículos, a amortização também pode significar a antecipação de parcelas, ou seja, o pagamento de quantias adicionais à parcela atual para reduzir o saldo devedor mais rapidamente.

Ao antecipar parcelas, você está efetivamente pagando uma parte maior da dívida principal de uma só vez. Isso leva a uma diminuição do saldo devedor e, por consequência, a uma redução nos juros futuros. Em resumo, quanto mais você antecipa, maior é a economia total com juros, permitindo que você quite a dívida de forma mais rápida e com menor custo.

Como funciona?

A amortização funciona através de pagamentos periódicos, que podem ser mensais, trimestrais ou conforme o acordo com o credor. Cada pagamento reduz uma parte do saldo principal da dívida e cobre os juros. Isso significa que, com o tempo, os juros cobrados diminuem, pois são calculados sobre um saldo devedor menor.

No início do financiamento, uma grande parte do pagamento é destinada aos juros. Com o passar do tempo, à medida que o saldo devedor diminui, a parte do pagamento que vai para o principal aumenta. Esse processo é conhecido como amortização constante.

Um exemplo prático pode ajudar a entender melhor: se você tem um financiamento de R$ 100.000,00 a uma taxa de 5% ao ano, seus primeiros pagamentos serão mais altos em termos de juros. Porém, à medida que paga, o saldo devedor diminui, e a quantidade de juros pagos também diminui, aumentando a parte do pagamento que reduz o principal.

Por que amortizar aumenta o valor da parcela?

Amortizar pode aumentar o valor da parcela em alguns casos, especialmente quando a amortização é feita de maneira acelerada. Isso acontece porque, ao reduzir o saldo devedor, você também diminui o prazo do financiamento, o que pode resultar em parcelas mais altas, mas com uma economia considerável em juros no longo prazo.

Quando você decide amortizar sua dívida, está essencialmente pagando mais do que o valor mínimo devido a cada mês. Isso pode ser vantajoso, pois reduz o tempo total necessário para quitar a dívida e diminui o montante total de juros pagos. No entanto, é importante garantir que você possa arcar com os valores mais altos das parcelas.

Por exemplo, se você amortiza R$ 10.000,00 de uma vez em um financiamento, o saldo devedor diminui significativamente. Se optar por manter o prazo original, as parcelas podem diminuir. No entanto, se reduzir o prazo, as parcelas mensais podem aumentar, refletindo a aceleração do pagamento do principal.

Qual é a fórmula?

A fórmula para calcular a amortização depende do tipo de sistema utilizado. Os dois mais comuns são a Tabela Price e o Sistema de Amortização Constante (SAC). Cada um tem sua própria fórmula e método de cálculo.

Na Tabela Price, as parcelas são fixas ao longo do tempo. A fórmula para calcular a parcela é: PMT=[PV.i.(1+i)n]/[(1+i)n-1]

  • PMT é o valor da parcela.
  • PV é o valor presente ou o montante do empréstimo/financiamento.
  • i é a taxa de juros por período.
  • n é o número total de parcelas.

No Sistema de Amortização Constante (SAC), a amortização do principal é constante, e os juros diminuem ao longo do tempo. A fórmula para o valor da amortização é: A=PV/n

  • A é o valor da amortização.
  • PV é o valor presente ou o montante do empréstimo.
  • n é o número total de parcelas.
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Qual a melhor forma de amortização?

A melhor forma de amortização depende do seu perfil financeiro e dos seus objetivos. Se você prefere parcelas fixas e previsíveis, a Tabela Price pode ser a melhor escolha. Já o SAC pode ser mais vantajoso se você quer diminuir rapidamente o saldo devedor e, consequentemente, os juros pagos ao longo do tempo.

Para decidir, é importante considerar sua capacidade de pagamento atual e futura. O SAC, apesar de começar com parcelas mais altas, tende a ser mais econômico a longo prazo. Já a Tabela Price oferece maior previsibilidade, o que pode ser fundamental para quem precisa de um orçamento mais controlado.

Considere também as condições oferecidas pelo banco ou instituição financeira. Algumas podem oferecer melhores taxas de juros para um sistema específico. Avaliar todas essas variáveis é essencial para escolher a melhor forma de amortização para seu caso.

É melhor quitar ou amortizar o financiamento?

Quitar um financiamento significa pagar o valor total devido de uma vez, enquanto amortizar é reduzir o saldo devedor por meio de pagamentos regulares. A decisão entre quitar ou amortizar depende de sua situação financeira e de seus objetivos a longo prazo.

Se você tem recursos suficientes para quitar a dívida e prefere se livrar do compromisso mensal, essa pode ser a melhor opção. No entanto, se isso comprometer sua reserva de emergência ou outros investimentos, amortizar pode ser uma escolha mais segura e equilibrada.

Amortizar permite que você continue a pagar a dívida em parcelas menores, sem comprometer todo o seu capital de uma vez. Essa abordagem pode ser vantajosa, especialmente se a taxa de juros do financiamento for baixa em comparação com o rendimento dos seus investimentos.

Leia também: Qual tipo de empréstimo escolher?

Como amortizar parcelas?

Amortizar parcelas é um processo que envolve fazer pagamentos adicionais à parcela do seu financiamento. Isso pode ser feito de diversas formas, dependendo das condições do seu contrato e das opções oferecidas pelo seu credor.

Primeiro, entre em contato com a instituição financeira para se informar sobre as condições de amortização. Alguns contratos permitem a amortização a qualquer momento, enquanto outros podem ter regras específicas, como períodos determinados para pagamentos extras.

Depois de entender as condições, você pode planejar os pagamentos adicionais. Muitas vezes, é possível fazer isso diretamente pelo internet banking ou aplicativo da instituição financeira. Certifique-se de especificar que o pagamento extra deve ser destinado à amortização do saldo devedor, para que ele seja aplicado corretamente.

Quantas parcelas posso amortizar por mês?

O número de parcelas que você pode amortizar por mês também depende das condições do seu contrato de financiamento e das políticas da instituição financeira. Alguns contratos permitem amortizações ilimitadas, enquanto outros podem ter restrições quanto à frequência e ao valor dos pagamentos adicionais.

É importante verificar no seu contrato ou consultar diretamente o credor para entender essas regras. Amortizar múltiplas parcelas por mês pode acelerar significativamente o processo de quitação da dívida, mas é essencial saber se há algum custo adicional envolvido ou se existem limites impostos pelo contrato.

Além disso, considere seu orçamento mensal. Amortizar muitas parcelas pode pressionar suas finanças, por isso, é importante planejar esses pagamentos extras de forma que não comprometam outras despesas importantes ou sua reserva de emergência.

Como saber se compensa amortizar um financiamento?

Para saber se compensa amortizar um financiamento é necessário fazer uma análise detalhada das suas finanças e das condições do seu contrato. Alguns fatores importantes a considerar incluem:

  •  a taxa de juros do financiamento;
  • o saldo devedor;
  • o prazo restante;
  • a sua capacidade de pagamento.

Calcule quanto você economizaria em juros ao longo do tempo se fizer amortizações regulares. Compare isso com outras opções de investimento que você possa ter. Se a economia de juros for significativa, pode ser uma boa ideia amortizar. 

No entanto, se você tiver investimentos que rendem mais do que a taxa de juros do financiamento, pode ser melhor manter esses investimentos e usar os rendimentos para amortizar aos poucos.

Outra consideração importante é sua situação financeira atual e futura. Se você espera um aumento nos seus rendimentos ou uma entrada de capital em breve, talvez valha a pena aguardar um pouco para fazer uma amortização maior. 

Por outro lado, se suas finanças estão estáveis, começar a amortizar agora pode ajudar a reduzir o custo total do financiamento.

Qual a desvantagem da amortização?

Embora a amortização possa parecer sempre vantajosa, ela tem algumas desvantagens que precisam ser consideradas. Uma das principais é o impacto no seu fluxo de caixa. Amortizar parcelas adicionais significa desembolsar mais dinheiro agora, o que pode limitar sua capacidade de gastar em outras áreas ou de investir.

Outra desvantagem é a possibilidade de pagar multas ou taxas adicionais. Alguns contratos de financiamento cobram penalidades por pagamentos antecipados, o que pode reduzir os benefícios da amortização. Sempre verifique os termos do seu contrato para evitar surpresas desagradáveis.

Além disso, amortizar um financiamento pode não ser a melhor opção se você tiver outras dívidas com taxas de juros mais altas. Priorize o pagamento dessas dívidas primeiro para maximizar sua economia de juros.

Esperamos que este guia completo sobre amortização tenha esclarecido suas dúvidas e ajudado você a entender melhor como gerir suas finanças. E se você quiser se aprofundar ainda mais no assunto, confira o nosso artigo sobre refinanciamento!

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Roberta Firmino

Formada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com mais de 7 anos de experiência com conteúdo para web. Escrevo para ajudar brasileiros a saírem das dívidas e a tomarem decisões financeiras mais conscientes.

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