Quem nunca precisou de um crédito extra para aliviar o orçamento ou até mesmo fugir de dívidas que, acumuladas, poderiam virar uma bola de neve? Nesse momento de crise que vivemos é ainda mais desafiador lidar com as questões financeiras, certo?
O empréstimo consignado é uma das formas mais vantajosas de conseguir dinheiro com instituições bancárias porque o desconto é feito diretamente na folha de pagamento, e as taxas são mais atrativas do que as de outros tipos de crédito.
É, a gente sabe que o consignado pode ser uma “mão na roda”.
Mas, e quando a margem do consignado já está estourada? É possível aumentar a margem consignável?
Sim!
A boa notícia é que existem formas eficientes de aumentar seu crédito e pedir um novo empréstimo. Nós vamos explicar como. Acompanhe!
Você vai ver nesse conteúdo:
ToggleO que é a margem do consignado?
A margem consignável é o limite do quanto é possível utilizar em empréstimos ou no cartão de crédito consignado. Geralmente, o valor é de até 35% do benefício ou salário líquido recebido. Por exemplo, se um beneficiário recebe R$ 1.500, a sua margem consignável será de até R$ 525.
Isso quer dizer que, desse benefício, a pessoa poderá utilizar até R$ 525 em empréstimos ou outros tipos de crédito com desconto em folha. A margem consignável é estabelecida pelo Banco Central e tem o objetivo de fazer com que as pessoas não façam dívidas que comprometam muito o orçamento familiar.
Assim, quando você faz empréstimos ou utiliza outras fontes de crédito por meio do consignado, já recebe seu salário ou benefício mensal com o valor descontado automaticamente.
Como a margem é calculada?
Existe uma lei específica para tratar dos descontos em folha de pagamento e, como adiantamos, eles não podem passar de 35%. Porém, desse total, 30% é reservado para empréstimos e 5% para utilizar em cartão de crédito consignado
Utilizando o exemplo anterior, se a pessoa recebe R$ 1.500 de benefício, ela poderá usar até R$ 450 em empréstimos e R$75 no cartão para não ultrapassar aqueles R$ 525 que é o valor máximo de desconto.
Porém, se uma pessoa já tem um contrato de empréstimo em um valor menor do que ela poderia utilizar é possível fazer mais de um contrato, respeitando o montante máximo. Ou seja, dentro da margem, o cidadão pode ter vários contratos de empréstimo, com o mesmo banco ou em instituições diferentes.
Importante: o 13º salário, remunerações extras ou auxílios temporários NÃO podem ser utilizados para aumentar a margem do consignado.
Isso acontece porque o 13º e outros benefícios são tipos de rendas acessórias ou variáveis — não fazem parte do salário e não podem ser consideradas para esse tipo de crédito.
Como aumentar a minha margem consignável?
Com a vinda da pandemia causada pelo coronavírus, havia um projeto de lei que pretendia aumentar essa margem para dar uma folga caso os beneficiários precisassem solicitar mais recursos, tendo em vista o momento de crise.
Apesar de não ter sido aprovado, o projeto previa o aumento da margem de 35% para 40%. Assim, 35% seria destinado a empréstimos e os outros 5% a dívidas no cartão consignado.
Porém, como sabemos que na política as coisas mudam com frequência, o assunto ainda poderá voltar à pauta de discussão pelo Senado, pois está previsto em outros projetos de lei em andamento. Tenha atenção aos jornais para acompanhar resoluções futuras!
O projeto de lei que previa o aumento, por enquanto, não foi aprovado e o 13º — que é um complemento — não pode ser utilizado para calcular a margem consignável, mas isso não quer dizer que não existem outras formas de você aumentar a sua margem! Selecionamos três opções para você avaliar!
1. Portabilidade de crédito
Em 2013, o governo federal criou a estratégia da portabilidade de dívidas entre instituições bancárias com o objetivo de aumentar a concorrência entre elas e, assim, o cliente ter mais opções de financiamento e escolher a melhor para o seu perfil.
Com a portabilidade, o cidadão pode transferir a dívida de um banco para outro com taxas de juros menores, por exemplo.
A partir disso, o cliente faz um novo financiamento com a nova instituição, de mesmo valor e mesmo prazo para pagamento, porém, como a taxa é menor, ainda pode “sobrar” uma margem maior do que no contrato inicial.
2. Refinanciamento de contrato
Quem já quitou parte do seu empréstimo consignado atual (entre 15 e 30%) pode refinanciar o empréstimo com a mesma instituição bancária. E quanto mais parcelas quitadas, mais vantagens ao escolher essa opção.
Funciona assim: o banco desconta o valor total já pago e refinancia o restante, como se fosse um novo contrato. Como uma parte já foi paga, o cliente voltará a ter a margem inicial e, a partir dela, é feito um novo contrato já descontando o que falta pagar.
Assim, ele fica com um valor que sobrou da nova liberação; uma espécie de “sobra de margem” também.
Os benefícios do refinanciamento são que o cliente pode tentar negociar taxas mais baixas, já que conta com um histórico de relacionamento com a instituição e unir contratos diferentes em um só, ficando com uma única dívida.
No entanto, vale ressaltar que cada banco trabalha com condições diferentes e é importante verificar os detalhes antes de pedir o refinanciamento.
3. Quitação do contrato atual
Quem conta com algum dinheiro de reserva pode antecipar o pagamento do contrato em andamento para liberar a margem e, com isso, solicitar um novo crédito. Nessa opção, o cliente poderá adiantar o valor devido e o banco deverá retirar os juros das prestações faltantes.
Assim, ele aproveitará os descontos da quitação antecipada e terá toda a margem liberada novamente para um novo empréstimo. Além de ser uma forma de aumentar a margem consignável é uma maneira inteligente de aliviar os descontos mensais na folha de pagamento para quem quer se livrar das dívidas.
E se você não tiver todo o dinheiro para antecipar o restante integral do contrato é possível quitar apenas algumas parcelas e receber o desconto por elas, bem como o aumento proporcional do limite para fazer empréstimos consignados.
Para antecipar o pagamento, a instituição bancária não deve cobrar nenhuma taxa extra, multa ou qualquer outro encargo, pois é direito do consumidor quitar financiamentos antes da data estabelecida, mesmo que a contratação tenha sido feita em condições melhores do que os financiamentos tradicionais.
Viu como existem diversas formas de aumentar o limite e não depender mais de uma margem estourada?
Avalie as dicas, escolha a melhor opção para você e aproveite o novo crédito com consciência para não se endividar em uma fase delicada como esta.