fbpx

Como pagar menos imposto de renda? Veja 8 dicas seguras!

Tempo de leitura: 4 minutos

Todos os anos, o momento da declaração do imposto de renda deixa milhares de brasileiros tensos com a perspectiva de precisar ter um gasto a mais. No entanto, algumas dicas podem ajudar a diminuir esse valor final e até a aumentar a sua restituição. 

Quer saber mais? Basta continuar lendo!

O que diminui o valor a pagar do imposto de renda?

O valor do Imposto de Renda pode ser reduzido de forma legal e segura por meio de deduções e abatimentos permitidos pela Receita Federal. 

Esses descontos são aplicados diretamente na base de cálculo do imposto, ou seja, diminuem a renda sobre a qual o imposto é cobrado.

Alguns dos principais fatores que podem reduzir o imposto a pagar incluem:

  • Despesas com saúde: gastos com consultas médicas, exames, internações, cirurgias e planos de saúde podem ser deduzidos sem limite de valor.
  • Gastos com educação: mensalidades escolares do ensino infantil ao superior podem ser abatidas, mas há um limite anual por dependente.
  • Dependentes: cada dependente incluído na declaração gera um desconto fixo no cálculo do imposto.
  • Contribuição para previdência privada (PGBL): quem tem um plano de previdência do tipo PGBL pode abater até 12% da renda tributável.
  • Previdência Social: contribuições para o INSS também são dedutíveis.
  • Doações incentivadas: contribuições para projetos culturais, esportivos e sociais aprovados pelo governo podem ser abatidas dentro de limites específicos.
  • Despesas com pensão alimentícia: desde que sejam determinadas por decisão judicial, os valores pagos podem ser integralmente deduzidos.

8 dicas para pagar menos imposto de renda de forma segura

Agora que você já sabe o que diminui o valor a pagar no imposto de renda, que tal aprender 8 dicas práticas para aumentar as deduções? Continue lendo e confira!

1. Determine o tipo de declaração do IR

A Receita permite optar entre o modelo completo e o modelo simplificado de declaração do imposto de renda. Enquanto o primeiro leva em conta todas as deduções permitidas pelo Imposto de Renda, a segunda concede um desconto padrão de 20% sobre a renda tributável

Se suas deduções forem menores que esse percentual, o modelo simplificado pode ser mais vantajoso.

2. Avalie se vale a pena incluir o seu cônjuge como dependente

A inclusão do cônjuge como dependente pode ser uma estratégia interessante para diminuir o imposto de renda. No entanto, se essa pessoa já tiver uma renda própria, essa decisão pode sair pela culatra e acabar aumentando a base do cálculo.

Por isso, nesse cenário, vale a pena avaliar bem as finanças do casal e decidir se o melhor é fazer uma declaração só, conjunta, ou manter uma declaração para cada pessoa.

3. Inclua o seu plano de previdência privada

Quem faz a declaração no modelo completo pode abater até 12% da renda bruta tributável ao contribuir para um Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), um tipo de previdência privada que complementa a aposentadoria. Isso reduz o imposto devido no curto prazo.

4. Junte os comprovantes das despesas dedutíveis

Você sabia que pode estar pagando mais imposto do que deveria só porque esquece de declarar gastos dedutíveis? 

Por isso, manter os comprovantes organizados ao longo do ano é a melhor forma de garantir que todas as despesas sejam consideradas e que você tenha mais chances de pagar menos imposto de renda!

5. Considere adicionar outros membros da família como dependentes

Você já sabe que, se sustenta financeiramente filhos, pais ou cônjuges, pode incluí-los como dependentes e reduzir a base de cálculo do imposto. No entanto, saba que também é possível incluir outros familiares

A Receita permite que você inclua na sua declaração:

  • Pais, avós e bisavós;
  • Netos, bisnetos e irmãos de até 21 anos, caso tenha a guarda judicial deles;
  • Sogros e sogras para casais que fazem a declaração conjunta;
  • Companheiro com filho em comum vivendo junto há mais de 5 anos.

Desses perfis, é preciso considerar que o primeiro grupo (pais, avós e bisavós) só pode ser adicionado se a renda anual deles foi de até R$24.511,92.

6. Antecipe a declaração

Fazer a declaração mais cedo permite corrigir eventuais erros antes do prazo final, evitando problemas como a malha fina, que podem gerar mais gastos. 

Além disso, há chances de restituição mais rápida.

7. Aproveite os benefícios fiscais de investimentos isentos

Alguns investimentos, como LCI, LCA, CRI, CRA e dividendos distribuídos por empresas brasileiras, são isentos de imposto de renda. Optar por esses ativos pode ajudar a evitar a tributação sobre ganhos financeiros.

8. Trabalha de casa? Desconte as despesas!

Profissionais autônomos podem deduzir despesas relacionadas ao trabalho realizado remotamente.

Se você é MEI, por exemplo, e tem despesas com telefone, luz, internet e outros por causa da sua atividade profissional, pode descontar esses gastos na Declaração do Imposto de Renda.

Para tanto, é preciso que as despesas estejam registradas no livro-caixa para que possam ser comprovadas de alguma forma. São deduções que só podem ser feitas no modelo completo da declaração.

Assim, a dica é simular o preenchimento de uma declaração simples x uma completa, com essa dedução, e avaliar qual situação é mais vantajosa.

Posso não pagar o imposto de renda?

Não. Se você se enquadra nos critérios de obrigatoriedade da Receita Federal e precisou pagar mais impostos depois de fazer a declaração, precisa quitar esse valor dentro do prazo previsto. Caso contrário, pode lidar com:

  • Multa por atraso: a multa é de 0,33% ao dia sobre o valor do imposto devido, limitada a 20% do total.
  • Juros de mora (Selic): além da multa, há a cobrança de juros equivalentes à taxa Selic acumulada no período.
  • Dívida ativa e restrições: se a dívida não for paga após notificações, a Receita pode inscrever o contribuinte na Dívida Ativa da União, o que pode gerar restrições, dificultando obtenção de crédito, participação em concursos públicos e até levando a protesto em cartório.
  • Possível execução fiscal: em casos extremos, a Receita pode acionar a Justiça para cobrar a dívida, resultando em penhora de bens e bloqueio de valores em conta bancária.

O que fazer se eu não conseguir pagar o imposto de renda?

Se o valor do imposto for alto e você não puder pagar de uma vez, não precisa se preocupar: você tem outras opções. Confira: 

  • Parcelamento: você pode parcelar o imposto devido em até 60 meses através do e-CAC no site da Receita Federal.
  • DARF mensal: se optar pelo parcelamento na própria declaração, é necessário pagar a primeira cota até o vencimento, para evitar multas.

E aí, gostou das nossas dicas para pagar menos imposto de renda? Aproveite para conferir, também, o calendário de restituição do IRPF para este ano!

Esse artigo foi útil?
[Total: 3Média: 5]

Roberta Firmino

Formada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com mais de 7 anos de experiência com conteúdo para web. Escrevo para ajudar brasileiros a saírem das dívidas e a tomarem decisões financeiras mais conscientes.

Você pode gostar também