Negociar uma dívida pode ser uma boa alternativa para quem deseja limpar o nome e viver de forma mais tranquila.
Assim, é comum que a empolgação para se ver livre de algumas contas chegue junto com o 13º salário, ou ainda com aquela grana extra que acabou entrando.
Mas para que os seus planos tenham o efeito desejado, é preciso ter muita calma nessa hora.
Neste post, vamos mostrar quais os piores momentos para negociar uma dívida. E sim, eles existem.
Você vai ver nesse conteúdo:
Toggle- Quando você não conhece suas opções de pagamento
- Quando você não vai conseguir pagar
- Quando você está sem emprego
- Quando você precisa deixar os seus bens como garantia
- Quando as opções apresentam detalhes duvidosos
- Quando você não separou uma reserva de emergência
- Quando você não tem prioridades definidas
Quando você não conhece suas opções de pagamento
Nem sempre a primeira proposta será definitiva ou vai representar a melhor opção para sair das dívidas. Por essa razão, tente não ceder à pressão ou à empolgação de se jogar na primeira opção de pagamento.
O ideal é conhecer todos os caminhos que podem ser feitos para garantir um bom negócio. Ou seja, entender:
- O valor da dívida;
- As opções de pagamento;
- O máximo de desconto que você pode chegar;
- O % de desconto oferecido pela empresa para você;
- De até quantas vezes você pode parcelar;
- Quais os juros para parcelar, se eles existirem.
Assim você pode acabar pagando mais do que precisa, e com isso se embolar no pagamento.
Quando você não vai conseguir pagar
Você já colocou todas as contas na ponta do lápis e sabe direitinho como está a sua saúde financeira?
Para quem não sabe ao certo se terá como honrar o novo compromisso, o melhor é evitar a negociação neste momento.
Isso porque ao quebrar uma dívida você pode estar formando uma dívida ainda maior, já que algumas empresas trabalham com juros de refinanciamento. O que na prática significa que, se você parcelou, aumentou o valor da dívida. E se quebrar, esse valor com juros será a sua nova dívida.
Por isso coloque as contas na mesa e entenda quanto e por quanto tempo você consegue arcar com esses pagamentos. E só aí comece a sua negociação.
Quando você está sem emprego
Negociar uma dívida enquanto estiver sem emprego é muito arriscado. A exceção vale apenas se você tiver um valor alto para receber de FGTS e puder pagar a conta à vista, sem que esse pagamento comprometa o seu orçamento nos meses seguintes.
Afinal, dessa forma você começa uma nova dívida em breve, e não é o que queremos.
Além disso, vale ressaltar que será preciso ter um apoio financeiro até encontrar outro trabalho. Então, usar o fundo de garantia para fazer essa negociação só será apropriado se conseguir se virar bem com as parcelas do seguro desemprego, ou se tiver outras fontes de renda.
Quando você precisa deixar os seus bens como garantia
Algumas opções para negociar uma dívida consideram a disponibilidade de colocar bens dos devedores como garantia.
Mas o que acontece se você não conseguir cumprir o que estava no acordo? A resposta é simples e dura: você pode perder o bem que entrou nessa negociação.
Logo, o melhor é adiar um pouco mais a negociação e buscar formas mais brandas para limpar o seu nome. A intenção é evitar que você acumule mais dívidas e ainda por cima, perca um bem que é importante para você.
Quando as opções apresentam detalhes duvidosos
Buscar uma forma de tentar negociar uma dívida é um direito de todo consumidor.
Logo, o fato de estar inadimplente não significa que você precisa aceitar exigências nas quais você sinta que está sendo prejudicado.
Caso isso aconteça, o melhor a fazer é deixar a negociação para um segundo momento enquanto você procura a orientação de um especialista.
Quando você não separou uma reserva de emergência
Você já deve saber a importância de ter uma reserva de emergência, não é mesmo? O ideal é não comprometer uma margem muito alta dos seus rendimentos na negociação de uma dívida.
Se você não tomar esse cuidado, provavelmente vai fazer novas contas. Este é um caminho certo para vivenciar o que chamamos de efeito bola de neve, que acontece quando as suas dívidas só crescem. Sem uma reserva de emergência, no primeiro aperto, você vai precisar fazer uma nova dívida.
Quando você não tem prioridades definidas
Você viu que terá dinheiro apenas para quitar algumas dívidas, mas outras vão precisar ficar para trás?
Só faça uma negociação depois de definir as suas prioridades, ou seja, quais devem ser quitadas primeiro.
Uma boa forma de tomar essa decisão, é optar por pagar primeiro as contas que mais geram juros. Entre os vilões que levam milhares de brasileiros a perderem o controle financeiro em razão de juros e taxas estão:
- Cartões de crédito: com juros altos, atrasos no pagamento de faturas do cartão de crédito podem fazer a dívida crescer rapidamente. Portanto, esse tipo de dívida deve estar no topo das suas prioridades;
- Cheque especial: o problema está no uso do cheque-especial como complemento da renda. Na verdade, este suporte do banco deveria ser utilizado somente em momentos de emergência, pois os juros e as taxas também são altos.
Ao fazer o controle dessas dívidas, o dinheiro que iria para os juros, pode ajudar a quitar contas menores e aliviar o bolso.
Vale lembrar que negociar uma dívida é um passo importante, mas ele não terá o efeito esperado sem buscar uma educação financeira.
Se você não quitar a dívida à vista, considere o fato de que terá o compromisso das parcelas da negociação, além dos gastos para se manter.
Portanto, talvez seja necessário fazer alguns cortes no orçamento e enfrentar mudanças no estilo de vida. Se você não estiver preparado para isso, de repente seja uma boa ideia repensar a sua estratégia.
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