Passo a passo para fazer uma boa gestão de dívidas

Cansou de viver no aperto, sem saber exatamente para onde o seu dinheiro está indo ou como vai conseguir pagar todas as contas? Se sim, saiba que dá pra virar esse jogo. A gestão de dívidas é o primeiro passo para retomar o controle da sua vida financeira, sair do sufoco e até voltar a fazer planos.

Neste guia, você vai entender como fazer isso na prática, mesmo que esteja negativado ou devendo em vários lugares ao mesmo tempo. Vamos mostrar um passo a passo simples, ferramentas que podem te ajudar, e até dicas de como lidar com dívidas em casal. Vamos nessa?

O que é gestão de dívidas?

Gestão de dívidas é o processo de entender, planejar e acompanhar todas as dívidas que uma pessoa tem, com o objetivo de retomar o controle financeiro e evitar que as dívidas saiam do controle.

Vai muito além de simplesmente pagar o que se deve: envolve analisar prazos, taxas de juros, prioridades de pagamento, possibilidades de negociação e estratégias para evitar o endividamento recorrente. 

Quando bem feita, a gestão de dívidas permite que a pessoa pague o que deve sem comprometer totalmente sua qualidade de vida, mantendo espaço no orçamento para o essencial e, futuramente, para realizar seus objetivos financeiros.

Muita gente só começa a se preocupar com isso quando já está no limite do cartão ou com o nome negativado. Mas, na prática, a gestão de dívidas deveria ser um cuidado constante, mesmo quando ainda dá para pagar todas as contas. 

Afinal, pequenas decisões no dia a dia — como adiar o pagamento de um boleto, parcelar uma compra ou usar o cheque especial — afetam diretamente o tamanho e a complexidade das dívidas que vão se acumulando. 

Por isso, quanto antes você começar a organizar suas pendências financeiras, mais fácil será sair do vermelho (ou nem entrar).

Gestão de dívidas é só pagar o que devo?

Não. Pagar as dívidas é apenas uma parte da gestão, mas está longe de ser tudo. A gestão envolve estratégia

Por exemplo, imagine que uma pessoa tenha três dívidas diferentes: uma do cartão de crédito com juros altos, uma do empréstimo pessoal com juros menores e um boleto vencido de conta de luz. Pagar qualquer uma dessas dívidas sem critério pode não ser o melhor caminho. É preciso analisar o que gera mais prejuízo a longo prazo e o que pode ser negociado.

Além disso, a gestão de dívidas inclui ações como:

  • Entender quanto se deve e para quem (mapear tudo com clareza);
  • Negociar com credores para reduzir juros ou obter melhores condições;
  • Criar um plano de pagamento realista, sem comprometer itens essenciais do dia a dia;
  • Evitar novas dívidas durante o processo de quitação;
  • Acompanhar a evolução das contas ao longo do tempo.

Ou seja: pagar a dívida é o objetivo final, mas sem organização e planejamento, isso pode virar uma maratona interminável — ou pior, virar uma bola de neve.

Qual a diferença entre gestão de dívidas e organização financeira?

Embora os dois conceitos estejam conectados, há uma diferença importante entre eles. A organização financeira é mais ampla: ela envolve todas as áreas da vida financeira de uma pessoa, incluindo o controle de gastos, o planejamento de metas, a criação de uma reserva de emergência, os investimentos e, claro, também a gestão de dívidas. Já a gestão de dívidas é um pedaço desse quebra-cabeça, focado exclusivamente no controle e na quitação de dívidas já existentes.

Podemos pensar assim:

Organização financeiraGestão de dívidas
Controla todo o orçamentoFoca especificamente nas dívidas
Envolve planejamento de curto e longo prazoEstá mais voltada para resolver o presente
Inclui renda, gastos, metas e investimentosFoca em negociações, prazos e pagamentos
Pode existir mesmo sem dívidasSó faz sentido se há alguma dívida ativa

Em resumo: toda gestão de dívidas faz parte da organização financeira, mas nem toda organização financeira se resume à gestão de dívidas. E o ideal, claro, é que as duas caminhem juntas — porque é organizando bem as finanças que a pessoa consegue evitar novas dívidas no futuro.

Como fazer?

Fazer a gestão das suas dívidas pode parecer assustador no começo — principalmente se você estiver devendo em várias frentes ou se a conta simplesmente não fecha no fim do mês. Mas o segredo está em dar um passo de cada vez. Ao dividir o problema em etapas, fica mais fácil entender por onde começar, onde estão os maiores riscos e quais atitudes podem gerar alívio mais rápido. 

A seguir, você encontra um passo a passo prático e realista para organizar suas dívidas de vez.

1. Reúna todos os dados em um só lugar

Antes de tomar qualquer decisão, é fundamental ter clareza total sobre a situação. Por mais básico que pareça, muita gente não sabe exatamente quanto deve, nem para quem. Isso acontece porque as dívidas ficam espalhadas: fatura do cartão em um app, boleto atrasado no e-mail, empréstimo em outra plataforma, e por aí vai.

Monte uma lista com:

  • Nome do credor;
  • Tipo de dívida (cartão, boleto, crédito pessoal etc.);
  • Valor total;
  • Juros aplicados;
  • Parcelas em aberto;
  • Situação atual (em dia, atrasada, negativada).

Você pode fazer isso em uma planilha, em um caderno ou até usando ferramentas específicas, como o site da Acerto, que já puxa suas dívidas com base no CPF e facilita o mapeamento.

2. Classifique suas dívidas por impacto no seu dia a dia

Nem toda dívida tem o mesmo peso. Algumas cortam serviços essenciais, outras afetam diretamente o score de crédito e há aquelas que, apesar de parecerem pequenas, acumulam juros altíssimos. Para conseguir priorizar, vale classificar as dívidas de acordo com o impacto que elas causam.

Você pode usar categorias como:

  • Essenciais: contas de água, luz, aluguel, gás — cortar isso afeta sua vida imediata;
  • Urgentes: dívidas que estão negativando seu nome ou crescendo rápido com juros altos;
  • Negociáveis: aquelas que permitem mais flexibilidade para negociar ou postergar sem tantos prejuízos.

Esse exercício ajuda você a tomar decisões com mais clareza, sem agir só com base na pressão de cobranças.

3. Veja se há benefícios ou descontos para negociar

Muita gente deixa de negociar por achar que não vai conseguir pagar, mas o que poucos sabem é que credores geralmente estão abertos a reduzir multas, tirar juros ou até oferecer parcelamentos longos. Se você estiver negativado, as chances de conseguir condições especiais são ainda maiores, já que as empresas preferem receber algo do que nada.

Você pode:

  • Buscar por feirões de negociação de dívidas, como o da Acerto;
  • Verificar se seu banco oferece programas de negociação;
  • Acessar plataformas que mostram descontos personalizados com base no seu CPF.

Esse é um passo que pode mudar completamente o tamanho do seu problema — às vezes, uma dívida de R$ 1.000 pode ser negociada por R$ 200, por exemplo.

4. Negocie apenas o que cabe no seu bolso

Um dos maiores erros na hora de negociar dívidas é aceitar qualquer proposta só para “resolver logo”. O problema é que, sem um bom planejamento, você pode acabar se enrolando ainda mais, virando inadimplente de novo em pouco tempo.

Antes de fechar qualquer acordo, pense:

  • Quanto eu realmente posso pagar por mês?
  • Já considerei as outras dívidas e os gastos fixos da casa?
  • Essa parcela cabe no meu orçamento com folga ou vai me apertar?

Negociar é importante, mas precisa ser sustentável. O ideal é assumir compromissos que você consegue manter até o fim, mesmo que o prazo seja maior.

5. Crie lembretes e acompanhe sua evolução

Depois de montar seu plano de pagamento, o último passo é garantir que ele funcione no dia a dia. Isso significa acompanhar as parcelas, criar alertas para não esquecer vencimentos e revisar de tempos em tempos se ainda está dando conta. 

Se o plano apertar demais, volte e renegocie. Não existe plano perfeito — existe o que funciona na sua realidade.

Dicas práticas:

  • Use o calendário do celular para agendar os vencimentos;
  • Anote os pagamentos em uma planilha simples (ou app financeiro);
  • Revise seus gastos mensais e veja se é possível antecipar parcelas quando sobrar.

Lembrar que a gestão de dívidas é um processo contínuo ajuda a manter o foco, mesmo nos meses mais difíceis.

Por que fazer?

Se você sente que as dívidas estão te sufocando, ou se tem a impressão de que está sempre correndo atrás do prejuízo sem sair do lugar, a gestão de dívidas pode ser o ponto de virada

Fazer uma boa gestão não significa ter muito dinheiro ou ser expert em finanças. Pelo contrário: quanto mais apertado o orçamento, mais importante é saber onde cada real está indo e como sair do vermelho com o que se tem.

Veja alguns dos principais motivos para colocar a gestão de dívidas em prática:

  1. Evita o acúmulo de juros e multas: quanto mais tempo a dívida fica parada, maior ela se torna;
  2. Melhora seu score de crédito: pagar ou negociar suas dívidas ajuda a limpar o nome e aumenta suas chances de conseguir crédito no futuro;
  3. Traz mais clareza mental e menos ansiedade: saber que você tem um plano e está cumprindo ele reduz bastante o estresse;
  4. Permite planejar o futuro: só dá pra começar a guardar dinheiro, investir ou realizar sonhos quando você já saiu do sufoco.

Além disso, fazer a gestão das dívidas é o primeiro passo para mudar sua relação com o dinheiro. Não se trata só de apagar incêndios, mas de reconstruir com mais consciência.

Quais são as ferramentas que ajudam na gestão de dívidas?

Hoje, você não precisa fazer tudo na cabeça ou depender apenas de papel e caneta. Existem várias ferramentas — muitas gratuitas — que ajudam a manter o controle das dívidas e a facilitar as decisões.

Algumas opções que podem te ajudar:

  • Planilhas financeiras: ótimas para visualizar o total das dívidas, prazos, parcelas e juros. Você pode encontrar modelos prontos na internet e adaptar conforme sua realidade.
  • Aplicativos de controle financeiro:
    • Mobills e Minhas Economias são alguns exemplos populares.
    • Eles ajudam a registrar gastos, organizar o orçamento e até mandar alertas de vencimento.
  • Sites de consulta de CPF:
    • Plataformas como Acerto permitem consultar dívidas vinculadas ao seu nome.
    • No caso da Acerto, é possível inclusive negociar as dívidas diretamente com descontos personalizados.
  • Calendários e lembretes digitais:
    • Use o Google Agenda ou alarmes no celular para lembrar das datas de pagamento e evitar esquecimentos.

Você não precisa usar tudo de uma vez. O segredo está em encontrar a ferramenta que mais combina com seu jeito e criar o hábito de usar com frequência.

Dá pra começar mesmo devendo muito?

Sim, dá. E mais: quanto maior a dívida, mais urgente é começar. O erro mais comum de quem está devendo muito é esperar um “milagre” financeiro — tipo ganhar um bônus ou vender alguma coisa — para só então tentar resolver. O problema é que, enquanto isso, os juros seguem correndo e a dívida cresce.

O primeiro passo é parar de fugir da situação e encarar os números de frente. Mesmo que pareça impossível pagar tudo agora, saber exatamente quanto se deve permite:

  • Descobrir quais dívidas podem ser negociadas;
  • Ver se há alguma que pode ser quitada logo, para aliviar a pressão;
  • Organizar um plano viável, mesmo que demore meses.

Não se trata de pagar tudo de uma vez, mas de começar de algum lugar. E isso já faz diferença.

Como priorizar os pagamentos?

Quando o dinheiro está curto e há várias contas em aberto, escolher por onde começar pode parecer uma missão impossível. Mas há alguns critérios que ajudam a decidir.

Aqui vai uma ordem prática de prioridade:

  1. Contas básicas de sobrevivência: água, luz, gás, aluguel. Manter essas em dia evita problemas mais sérios;
  2. Dívidas com juros altos: cartão de crédito e cheque especial geralmente são os vilões. Vale tentar negociar primeiro;
  3. Dívidas que negativam o CPF: quanto antes sair do cadastro de inadimplentes, melhor para sua reputação financeira;
  4. Parcelamentos em aberto: se ainda dá pra manter os acordos em dia, priorize esses para evitar multas.

Você pode montar uma tabela com o impacto, valor da dívida e prazo para tomar decisões com mais clareza. E sempre que possível, negocie para reduzir juros — isso altera bastante a ordem de prioridade.

Dá pra fazer gestão de dívidas em casal?

Sim, e aliás, deveria ser regra. Quando duas pessoas compartilham a vida — seja morando juntas ou não — é fundamental que também compartilhem os planos, as metas e, claro, os desafios financeiros. Ignorar dívidas em um relacionamento só adia problemas maiores. Isso vale tanto para casais que estão começando quanto para quem já tem uma vida financeira entrelaçada há anos. 

A gestão de dívidas feita em conjunto ajuda a evitar desconfianças, melhorar o planejamento da casa e fortalece a parceria.

Mas é importante lembrar: gerir dívidas em casal não significa jogar a culpa em cima do outro ou assumir responsabilidades sem conversar. É sobre encarar juntos e definir, com respeito e transparência, quais caminhos seguir.

Como conversar sobre dívidas com o parceiro?

Esse é um dos maiores tabus em relacionamentos, mas também uma das conversas mais necessárias. Muitas pessoas evitam falar sobre dinheiro por medo de julgamento, vergonha ou simplesmente porque não sabem por onde começar. Mas esconder dívidas só piora a situação e mina a confiança.

Aqui vão algumas dicas para abrir esse diálogo de forma leve e produtiva:

  • Escolha o momento certo: evite discutir finanças no meio de uma briga ou em momentos de estresse;
  • Use um tom de parceria, não de cobrança: mostre que quer resolver junto, e não apontar erros;
  • Seja transparente com os números: contar tudo, inclusive o valor real das dívidas, é essencial para tomar decisões realistas/
  • Estabeleçam um objetivo comum: por exemplo, sair do vermelho até o fim do ano ou guardar dinheiro para um projeto futuro.

Conversar com honestidade abre espaço para confiança e planejamento — e evita que um acabe se endividando sem o outro saber.

Dicas para organizar tudo junto

Depois da conversa, é hora de colocar a mão na massa. Quando o casal decide enfrentar as dívidas como um time, é possível organizar melhor as finanças da casa e criar um plano mais eficiente.

Veja algumas sugestões práticas para colocar isso em ação:

  • Montem um orçamento familiar: incluam todas as despesas e receitas dos dois lados;
  • Dividam responsabilidades: um pode acompanhar os prazos dos boletos, o outro cuidar da negociação com os credores, por exemplo;
  • Estabeleçam um valor fixo por mês para pagamento das dívidas: e evitem comprometer esse valor com outros gastos;
  • Revisem juntos os gastos do mês: isso ajuda a identificar excessos e fazer ajustes rápidos.

A verdade é que, quando o casal se organiza junto, tudo fica mais fácil — inclusive sair das dívidas.

E se você já está pronto para dar o primeiro passo, que tal consultar o CPF na Acerto? Lá, dá pra ver todas as dívidas em aberto e ainda negociar com condições especiais, com descontos que podem chegar a até 99%. É rápido, seguro e totalmente online!

Summary

Roberta Firmino

Formada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com mais de 7 anos de experiência com conteúdo para web. Escrevo para ajudar brasileiros a saírem das dívidas e a tomarem decisões financeiras mais conscientes.

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