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Quais são os maiores riscos do uso do cartão de crédito

Tempo de leitura: 6 minutos

O cartão de crédito é uma excelente ferramenta para o dia a dia. Principalmente por que ele te auxilia no pagamento das compras mais significativas — aquelas com valores mais altos.  

Ele também te permite planejar e prorrogar o pagamento para o mês seguinte, parcelar compras muito altas e, em vários casos, rende pontos para você trocar em outros produtos ou serviços. 

O problema? 

É que, caso você não seja extremamente organizado, os mesmos benefícios podem ser também os seus maiores perigos. 

Por isso é importante lembrar que o crédito só é útil de verdade para quem sabe como usar e conhece os seus próprios limites.

Então fique atento aos riscos que você tem ao usar o cartão de maneira não consciente e redobre a sua atenção em relação a eles. 

Pagar o mínimo da fatura

A fatura chega, e quando você vê o valor total, bate aquele desespero. 

Essa situação lhe parece familiar? 

Se sim, é muito provável que você já tenha utilizado o pagamento mínimo do cartão ou pelo menos tenha avaliado essa possibilidade.

Infelizmente, ainda é muito comum aos usuários de cartão de crédito se enrolarem no pagamento mensal e optarem por quitar apenas a taxa mínima da fatura.

Mas, quando você escolhe pagar o valor mínimo — também conhecido como rotativo — ou qualquer outra quantia que não seja o total da fatura, você fica condicionado às taxas de juros do seu banco. 

Com isso, além da fatura voltar no mês seguinte, somados os valores que você gastou no período, você ainda tem os juros do banco e precisa pagar o valor integral da fatura.

Ou seja: a dívida se torna maior com o tempo, por mais que você tenha pagado uma pequena parte no mês anterior.

Fuja o máximo possível do pagamento mínimo. Caso isso não seja possível ou você já esteja utilizando esta modalidade de pagamento, deixe seu cartão de lado por um tempo e se programe para quitar a dívida o quanto antes. 

E considere outras opções: parcelamento da fatura, um empréstimo que tenha juros menores que o rotativo ou qualquer outra opção que possa te ajudar a fugir dessa modalidade.

Ter um limite maior do que você consegue administrar

O aumento do limite de gasto do seu cartão pode ser ótimo para colocar projetos em prática. Mas também pode ser um perigo se você não souber usar.

O risco é que o limite do cartão dá a falsa sensação de que você ainda tem dinheiro para gastar, quando na verdade o que tem é um teto de gastos total que pode ser útil para comprar produtos mais caros, que possam ser parcelados. 

Entende?

O normal é que a companhia do cartão libere para você um limite de crédito compatível com a sua receita mensal. Mas, na medida em que você se mostra um bom pagador, esse limite vai aumentando e te permite fazer compras maiores. 

Essa funcionalidade é ótima e ainda te dá a chance de parcelar compras mais altas. O problema é desconsiderar a soma de todas essas parcelas.

Quanto maior o seu limite, maior a chance de endividamento. Principalmente, por que na prática o crédito é um dinheiro que ainda não temos. 

Exatamente como um empréstimo. 

Por isso seja consciente. Para a conta fechar, apenas permita o aumento do seu limite de crédito se a sua renda também aumentar e for compatível com a sua fatura.

Perder o controle das contas a prazo

É unanimidade entre os especialistas em economia que o pagamento a vista é a melhor decisão que você pode tomar.

Isso porque, quando você parcela suas compras, você cria uma dívida que se arrasta por vários meses e gera um acúmulo de contas a vencer. Além de estar projetando a existência de um dinheiro que, tecnicamente, você ainda não tem.

Ainda mais quando você faz várias pequenas compras, desconsiderando o valor da soma de todas elas.

Afinal, uma de R$50 reais ali… outra de R$60 aqui… mais uma de R$100… e quando você vê, passou muito longe do que conseguiria pagar.

E quando você vê, o valor final destas “pequenas compras” a sua fatura está muito acima do que você consegue pagar.

Sempre que possível, opte por pagar no dinheiro ou no débito. Especialmente se as contas forem de pequenos valores. 

Utilize seu cartão de crédito apenas para situações de emergência ou para parcelar alguma compra de alto valor que já esteja no seu planejamento. 

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Não conhecer os juros

Quando você utiliza seu cartão de crédito, pode estar sujeito a pagar juros de diversas formas:

  • Os juros que às vezes são embutidos em compras parceladas;
  • Os juros do próprio cartão em caso de pagamento atrasado ou usando o pagamento mínimo;
  • Os juros de negociação das dívidas de cartão de crédito, a longo prazo. 

Nesse caso o prejuízo é muito grande, e você acaba pagando muito mais caro pelo produto ou serviço que está adquirindo. 

Procure conhecer todas as tarifas do seu cartão e faça as contas antes de comprar qualquer mercadoria com juros ou de pagar a fatura mínima. O ideal é que você parcele sua compra no mínimo de vezes necessário e opte por lojas que não acresça juros nas parcelas.   

E, mais uma vez, se programe para nunca precisar recorrer ao pagamento mínimo do cartão! 

Usar a opção de saque

A maioria das operadoras de cartão oferecem aos seus usuários a possibilidade de fazer saques emergenciais com o cartão de crédito. 

Emergências de fato acontecem, e aí não tem muito o que fazer, a não ser que você tenha uma reserva para o momento.

Mas, o grande problema, está em fazer esses saques para outros fins, menos importantes, e com isso acabar se enrolando.

Os juros de saque nesta modalidade são altíssimos. Muitas vezes, maiores até que os juros de empréstimos pessoais.

Caso ocorra alguma fatalidade e você precise de dinheiro com muita urgência, procure outras alternativas: cheque especial, empréstimos — mesmo que você esteja negativado — e outras opções com juros menores.

Ter o cartão clonado

Uma das maiores preocupações de quem utiliza cartão de crédito é a possibilidade de fraude. Essa angústia é legítima, pois todos os dias vemos vários casos de clonagem ou phishing — que é a fraude na internet — acontecem em todo o país.

A parte mais assustadora deste tipo de golpe, é que o seu cartão pode ser clonado sem que você perceba. Isso pode te gerar dívidas indevidas, burocracias desnecessárias e até mesmo colocar o seu nome no SPC ou Serasa.

E se você quiser diminuir as chances de que isso aconteça com você, siga os passos abaixo:    

  • Não empreste seu cartão para ninguém; 
  • Coloque senhas fortes e pouco previsíveis; 
  • Cheque se o site que você está comprando é confiável, procurando pelo CNPJ no site da Receita Federal e procurando reclamações de clientes em sites como o Reclame Aqui;
  • Utiliza apenas caixas eletrônicos de locais movimentados e seguros;
  • Evite acessar sua conta bancária ou extrato do cartão em celulares e computadores de outras pessoas ou quando estiver conectado em redes públicas de Wi-fi; 
  • Verifique seu extrato e fatura com regularidade para identificar cobranças indevidas. 

Ter muitos cartões

Colecionar vários cartões de crédito pode te fazer perder o controle dos seus gastos e colocar em risco a sua saúde financeira. 

Conforme já citamos anteriormente, o seu limite de crédito é concedido de acordo com a sua comprovação de renda. Ou seja: existe uma matemática por trás desse benefício, que faz sentido para a sua necessidade. 

Quando você adquire mais de um cartão você aumenta significativamente o seu limite de crédito e multiplica suas chances de gastar mais do que pode. 

Além disso, ter mais de um cartão complica sua gestão mensal, aumenta a burocracia na hora do pagamento e pode significar que você terá que pagar taxas dobradas, especialmente se não estivermos falando de Bancos Digitais, que costumam ter taxas menores ou isenção.

Então eu devo abandonar o cartão de crédito?

Na verdade, não.

Nós sabemos que ele pode ser a melhor — ou única — solução, especialmente para compras de produtos de grande valor, como geladeira, fogão, máquina de lavar…

A questão não é deixar de ter, e sim fazer um bom uso.

Existem boas práticas que podem ser seguidas para controlar os seus recursos de maneira inteligente, como reduzir o valor do limite, não ter mais de 2 cartões, optar por opções sem taxas…. e muitas outras.

Mas acima de tudo questione suas compras, independente de estar usando o crédito ou o débito: eu realmente preciso disso? Posso pagar? Essa compra vai afetar de alguma maneira o orçamento da minha família? Eu posso ficar “apertado” no final do mês?

Se você se sentir seguro mesmo depois de todas essas respostas, e mesmo depois de esperar alguns dias antes de fazer a compra — para ter certeza da necessidade dela — você pode comprar. Mas tenha controle e entenda que o seu limite não precisa ser o limite do cartão.

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