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Ter um fiador é uma solução comum para quem precisa de garantias em contratos de aluguel, financiamentos ou empréstimos. Afinal, essa pessoa se compromete a assumir a dívida caso o titular não consiga cumprir com os pagamentos

Apesar de ser uma prática frequente, muitas pessoas têm dúvidas sobre o processo. Como conseguir um fiador? Quem pode ser um? Quais documentos são exigidos? E o que fazer quando ninguém próximo está disponível? 

Neste artigo, vamos responder as principais dúvidas, além de detalhar um passo a passo para facilitar sua busca e trazer soluções alternativas. Continue a leitura para saber mais!

Quem pode assinar como fiador?

Qualquer pessoa física que atenda a requisitos específicos pode ser fiador, mas é fundamental que ela tenha condições financeiras e legais para assumir essa responsabilidade. Geralmente, é necessário que o fiador tenha uma renda comprovada e patrimônio suficiente para cobrir possíveis dívidas do titular, como atrasos em um aluguel, por exemplo.

Outro ponto importante é que a pessoa deve ter um bom histórico financeiro. Isso significa não estar negativada em órgãos como SPC ou Serasa. Além disso, o fiador precisa ser maior de idade, possuir residência fixa e, em alguns casos, apresentar um imóvel próprio como garantia.

Por fim, é importante que o fiador tenha um vínculo de confiança com o titular do contrato. Familiares, amigos próximos ou até colegas de trabalho podem assumir essa posição, desde que ambos estejam de acordo com as condições estabelecidas.

O que impede uma pessoa de ser fiadora?

Existem alguns fatores que podem impedir alguém de se tornar fiador. O primeiro e mais comum é estar com o nome negativado. Instituições financeiras e imobiliárias geralmente não aceitam fiadores com restrições no CPF, pois isso compromete a garantia de pagamento.

Outro impedimento é a falta de comprovação de renda. Se a pessoa não tiver como provar que possui recursos suficientes para arcar com a dívida, não poderá assumir a posição de fiador. Além disso, algumas empresas exigem que o fiador tenha um imóvel registrado em seu nome, algo que nem todos possuem.

Por fim, questões legais também podem ser um obstáculo. Pessoas menores de idade ou que não têm plena capacidade jurídica não podem atuar como fiadoras. É essencial verificar todas as exigências antes de pedir a alguém para assumir esse papel.

Quais documentos são necessários?

Para formalizar um contrato com fiador, é essencial reunir documentos que comprovem a identidade, a renda e a situação financeira da pessoa. Veja os principais:

  • RG e CPF: documentos de identificação pessoal obrigatórios para validar quem é o fiador.
  • Comprovante de residência: comprovante atualizado, como uma conta de luz ou água, para confirmar que o fiador tem endereço fixo.
  • Comprovantes de renda: podem incluir holerites, extratos bancários ou declaração de imposto de renda para demonstrar a capacidade financeira do fiador.
  • Certidões negativas de débito: algumas empresas solicitam certidões que comprovem que o fiador não possui dívidas pendentes em órgãos como Receita Federal ou cartórios de protesto.
  • Documentação do imóvel (se necessário): caso o fiador ofereça um imóvel como garantia, será preciso apresentar a escritura, matrícula atualizada e certidões negativas relacionadas ao bem.

Organizar essa documentação com antecedência facilita o processo e evita atrasos na formalização do contrato.

8 passos para conseguir um fiador

Você precisa de um fiador, mas não sabe por onde começar a procurar? Preparamos um passo a passo para te ajudar!

1. Entenda as exigências do contrato

Antes de buscar um fiador, leia atentamente o contrato ou as condições exigidas pela empresa ou imobiliária. Identifique os critérios para o fiador, como a necessidade de imóvel em nome dele ou a comprovação de uma certa renda mínima. 

Certifique-se de que você compreende o que será exigido da parte do fiador e o que você terá que apresentar para ele se comprometer.

2. Converse com pessoas próximas

Procure pessoas do seu círculo de confiança, como familiares, amigos ou colegas de trabalho. Explique sua situação de forma clara e honesta, destacando a importância do apoio. 

Muitas vezes, pessoas próximas estarão mais dispostas a ajudar, desde que compreendam as responsabilidades envolvidas.

3. Mostre que você é confiável

Antes de pedir para alguém ser seu fiador, é importante demonstrar que você é uma pessoa responsável. Isso inclui manter um bom relacionamento, ter um histórico de pagamentos em dia e, se possível, compartilhar detalhes sobre sua renda e estabilidade financeira. A confiança é essencial nesse tipo de pedido.

4. Apresente as condições do contrato

Mostre o contrato ou as exigências que precisam ser cumpridas pelo fiador. Seja transparente sobre os valores envolvidos e as garantias necessárias

Isso ajuda a evitar mal-entendidos e torna o processo mais seguro para ambas as partes. Explique que o papel do fiador só será acionado caso você não consiga cumprir com os pagamentos.

5. Facilite o processo para o fiador

Ajudar o fiador a entender o que será necessário torna a decisão menos complicada. Explique quais documentos ele precisará apresentar e quais etapas do processo precisam ser cumpridas. 

Se necessário, acompanhe-o para tirar dúvidas ou organizar a papelada. Quanto mais simples você tornar o processo, maior a chance de conseguir a ajuda.

6. Considere pedir para mais de uma pessoa

Se você receber uma recusa, não desanime. É comum que algumas pessoas se sintam desconfortáveis em assumir essa responsabilidade. 

Por isso, faça uma lista de possíveis fiadores e vá tentando até encontrar alguém disposto a ajudar. Lembre-se de abordar cada pessoa com respeito e paciência, sem pressionar.

7. Mostre que está aberto a alternativas

Se a pessoa ficar hesitante, ofereça soluções para tornar o acordo mais tranquilo. Por exemplo, você pode sugerir incluir um termo no contrato que limite a responsabilidade do fiador ou até buscar formas de proteger a pessoa caso surjam problemas. Isso demonstra que você valoriza a confiança depositada.

8. Formalize a decisão

Depois de encontrar alguém que aceite ser fiador, siga para a formalização do contrato. Certifique-se de que todas as condições estão claras e que ambas as partes estão confortáveis com os termos. Registrar o contrato em cartório garante a segurança e a transparência do acordo.

O que fazer quando não se tem um fiador?

Se você não tem um fiador disponível, existem alternativas que podem substituir essa exigência em contratos. Confira as opções mais comuns:

  • Seguro fiança: essa é uma das opções mais práticas. Você contrata um seguro oferecido por seguradoras, pagando um valor mensal ou anual. Ele cobre eventuais inadimplências, substituindo a necessidade de um fiador.
  • Depósito caução: nesse modelo, você faz um depósito antecipado, geralmente equivalente a três meses de aluguel, como garantia. Caso tudo corra bem, o valor é devolvido ao final do contrato.
  • Título de capitalização: é uma modalidade em que você adquire um título com valor pré-determinado. Ele funciona como uma poupança e serve de garantia para o contrato. No final, o valor pode ser resgatado.
  • Fiador profissional: algumas empresas oferecem o serviço de fiador mediante o pagamento de uma taxa. É uma alternativa, mas requer cuidados, como verificar a idoneidade da empresa.

Essas alternativas podem ser mais vantajosas dependendo da sua situação financeira e do tipo de contrato que você precisa assinar. 

Avalie bem qual delas se encaixa melhor para sua realidade e escolha a que ofereça mais segurança e menos custos a longo prazo.

É possível contratar um fiador?

Sim, é possível contratar um fiador profissional. Isso funciona da seguinte maneira: você paga uma taxa para uma empresa especializada em garantir contratos. Essa empresa vai atuar como fiadora no seu nome, sem precisar de um amigo ou familiar. 

No entanto, é importante ter muita cautela ao contratar esse tipo de serviço, pois ele pode ter altos custos e, em alguns casos, até levar a um estelionato. Há empresas que prometem garantias, mas não cumprem com a responsabilidade contratada. 

Para evitar esse tipo de problema, busque referências, leia avaliações de outros clientes e consulte órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, antes de fechar qualquer negócio.

Conseguiu tirar todas as suas dúvidas? Aproveite também para ficar por dentro de como funciona o reajuste de aluguel com o nosso guia completo!

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Roberta Firmino

Formada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com mais de 7 anos de experiência com conteúdo para web. Escrevo para ajudar brasileiros a saírem das dívidas e a tomarem decisões financeiras mais conscientes.

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