Veja como conseguir um empréstimo para quem tem score baixo

Quando o score está baixo, é comum bater a dúvida: será que consigo um empréstimo? A resposta é sim, mas com alguns cuidados no caminho. Cada banco olha mais do que números, e entender isso ajuda a abrir portas sem cair em armadilhas.

Neste guia você vai encontrar explicações simples sobre como funcionam as principais opções de crédito e o que fazer para contratar de forma segura. Acompanhe! 

Dá para conseguir empréstimo com score baixo?

Sim. Mesmo com score baixo, ainda é possível conseguir crédito, mas as condições tendem a ser diferentes. Em vez de taxas menores e prazos longos, a pessoa pode se deparar com juros mais altos e valores mais baixos.

Os bancos analisam mais do que a pontuação. Aspectos como renda estável, histórico de pagamento, tempo de relacionamento e informações no Cadastro Positivo também pesam bastante.

O que influencia além do score

  • Renda comprovada e estável;
  • Histórico de contas pagas em dia;
  • Quantidade de dívidas em aberto;
  • Tempo de relacionamento com o banco.

Esses pontos ajudam a explicar por que duas pessoas com a mesma pontuação podem ter resultados diferentes ao pedir crédito.

Como os bancos analisam seu pedido?

Ao solicitar um empréstimo, a instituição confere documentos, renda e comportamento financeiro. A proporção entre parcela e renda líquida é decisiva. Em regra, a parcela mensal não deve ultrapassar cerca de 30% do que você recebe.

Outro detalhe importante é o comportamento recente. Muitos pedidos de crédito em pouco tempo passam a impressão de urgência ou dificuldade financeira, o que reduz a chance de aprovação.

Quais são as opções?

Mesmo com o score de crédito baixo, existem algumas modalidades de empréstimo que costumam ter mais chances de aprovação.

Essas opções foram criadas para reduzir o risco para o banco e, ao mesmo tempo, atender quem precisa de crédito em situações específicas. Confira as principais!

Empréstimo consignado

O consignado costuma ser a opção mais acessível para quem tem carteira assinada, benefício do INSS ou é servidor público. As parcelas são descontadas direto da folha ou do benefício, reduzindo o risco de inadimplência.

Por que vale a pena: taxas mais baixas, aprovação menos dependente do score. Atenção: verifique sua margem consignável e o custo efetivo total (CET).

Empréstimo com garantia

Aqui, você oferece um bem — imóvel, veículo ou até saldo do FGTS — como garantia. Com isso, o banco cobra juros menores e libera valores maiores.

Pontos positivos:

  • Juros mais baixos que em outras linhas;
  • Prazos mais longos e valores mais altos.

Pontos de atenção:

  • Risco real de perder o bem em caso de inadimplência;
  • Cláusulas de alienação e leilão devem ser lidas com calma.

Empréstimo pessoal

O empréstimo pessoal é prático: o dinheiro cai direto na conta e você não precisa justificar o uso. Algumas fintechs e bancos digitais têm processos mais flexíveis, aumentando as chances de aprovação mesmo com score baixo.

O que observar:

  • Taxas de juros mais altas;
  • Necessidade de comparar várias ofertas;
  • Qualquer cobrança antecipada para liberar o crédito.

Microcrédito para autônomos e MEIs

Voltado a pequenos empreendedores, o microcrédito libera valores menores, muitas vezes acompanhados de orientação financeira. A análise foca na capacidade de geração de renda do negócio.

Exemplos de uso: capital de giro, compra de equipamentos simples, reforma do espaço de trabalho.

O ideal é apresentar um plano de uso claro e guardar notas fiscais e comprovantes.

Quais bancos oferecem empréstimo para score baixo?

Alguns bancos tradicionais e digitais possuem linhas específicas que podem aprovar mesmo em cenários de pontuação baixa.

  • Caixa Econômica Federal: costuma liberar crédito consignado e com garantia do FGTS.
  • Banco do Brasil: opções de consignado para servidores e aposentados, além de crédito com garantia de imóvel ou veículo.
  • Bradesco e Itaú: oferecem consignado e empréstimos pessoais, com análise mais flexível para clientes já correntistas.
  • Santander: libera empréstimos pessoais e consignados, além de linhas para autônomos.
  • Banco Pan e Inter: conhecidos por aprovar crédito para negativados ou com score baixo, geralmente em consignado ou pessoal.
  • Fintechs como Nubank e C6 Bank: análise rápida via aplicativo, muitas vezes aprovando limites menores, mas com processo simplificado.

Vale lembrar que a aprovação depende do conjunto de fatores, não só do score. Ser cliente ativo, manter movimentação regular na conta e ter cadastro positivo ativo aumenta bastante as chances.

Passo a passo para contratar com segurança

Contratar um empréstimo exige calma e atenção. Quando o score está baixo, essa cautela deve ser ainda maior, já que as condições tendem a ser mais rígidas.

Veja abaixo como reduzir riscos e garantir que o crédito realmente funcione como apoio, e não como um peso a mais no orçamento.

1. Defina o valor exato que precisa

O primeiro passo é ter clareza sobre o motivo do empréstimo. Se a ideia é pagar uma dívida, faça as contas e descubra exatamente quanto precisa para quitá-la.

Se for uma emergência médica ou um reparo em casa, levante os custos reais. Pedir um valor maior do que o necessário pode parecer tentador, mas aumenta o total de juros e prolonga a dívida, dificultando a organização financeira no futuro.

2. Pesquise e faça simulações em diferentes instituições

Nunca feche contrato com a primeira proposta que aparece. Use simuladores online e consulte pelo menos três bancos ou fintechs.

Compare prazos, juros e condições de pagamento. Muitas vezes, pequenas diferenças na taxa de juros significam centenas de reais a mais ou a menos no valor final. Essa comparação dá mais poder de escolha e evita decisões precipitadas.

3. Compare taxa de juros e CET (custo efetivo total)

A taxa de juros mensal ou anual mostra parte do custo, mas o número mais importante é o CET, que reúne todas as cobranças do contrato: tarifas, impostos, seguros e encargos.

Dois empréstimos com juros semelhantes podem ter CETs bem diferentes, mudando totalmente o valor que você vai pagar no fim. Por isso, ao analisar propostas, olhe sempre o CET e não apenas o valor da parcela.

4. Verifique a reputação da instituição

Antes de assinar qualquer contrato, confirme se o banco ou financeira é de confiança. Consulte o site do Banco Central, que lista instituições autorizadas a operar, e veja também avaliações em sites como Reclame Aqui.

Essa etapa ajuda a evitar armadilhas de empresas que prometem aprovação fácil e escondem cobranças abusivas ou até golpes. Segurança deve vir em primeiro lugar.

5. Leia o contrato com calma

Nada de assinar sem entender. Reserve um tempo para ler todas as cláusulas, mesmo as que parecem complicadas.

Observe o que acontece em caso de atraso, se há cobranças de seguros embutidos e como funcionam as regras de renegociação. Se algo não ficar claro, peça explicações por escrito. Um contrato transparente é sinal de uma negociação mais segura.

6. Teste o orçamento com a parcela simulada

Antes de contratar, coloque no papel quanto do seu salário já está comprometido com outras despesas. A parcela do empréstimo não deve passar de 30% da renda líquida, mas o ideal é que caiba com folga.

Imagine cenários de imprevistos: se o salário atrasar ou se surgir uma nova conta, ainda será possível pagar a parcela? Esse exercício simples evita apertos e endividamento maior.

7. Guarde comprovantes e organize o calendário de pagamento

Depois que o empréstimo for aprovado, guarde todos os comprovantes e mantenha uma cópia do contrato em local seguro. Anote as datas de vencimento das parcelas em agenda, aplicativo ou configure o débito automático.

Assim você evita atrasos, mantém o score estável e constrói um histórico positivo com a instituição, o que pode abrir portas para condições melhores no futuro.

Com esses cuidados, você reduz o risco de surpresas no meio do caminho.

Qual o score mínimo para empréstimo pessoal?

Não existe um número único que garanta a aprovação. Cada instituição define sua própria régua de risco, e o score é apenas parte da análise.

Em linhas gerais:

  • Abaixo de 300: aprovação rara e condições caras;
  • Entre 300 e 500: risco alto, mas pode haver crédito com garantias ou consignado;
  • Entre 500 e 700: chances melhores, com taxas medianas;
  • Acima de 700: melhores condições de mercado, juros menores e limites mais altos.

Vale lembrar que renda, estabilidade e relacionamento com o banco podem pesar tanto quanto a pontuação.

Quando vale a pena contratar com score baixo?

Um empréstimo pode ser a solução em emergências reais, como despesas médicas ou reparos essenciais em casa. Mas não deve servir para cobrir gastos recorrentes ou consumo por impulso.

Antes de contratar, faça a pergunta: “se não fosse hoje, eu ainda pediria esse crédito?”. Essa reflexão simples evita cair em armadilhas que podem comprometer a saúde financeira.

Fechando a conta

Empréstimo com score baixo existe, mas exige cautela. As modalidades mais viáveis são o consignado, o com garantia, o pessoal em bancos e fintechs e o microcrédito para autônomos.

Não há um “score mínimo” fixo: cada instituição analisa o conjunto. O que importa é apresentar um pedido coerente, manter os dados em dia e comparar ofertas. Com organização e escolhas conscientes, dá para acessar crédito mesmo em um cenário de pontuação baixa, e sem comprometer o futuro financeiro.

Se você quer dar o próximo passo e tomar decisões com mais segurança, vale investir alguns minutos em aprender como colocar as finanças no dia a dia.

Leia também “Curso de educação financeira: 8 opções gratuitas e online” e escolha uma trilha para começar hoje mesmo!

Summary

Roberta Firmino

Formada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com mais de 7 anos de experiência com conteúdo para web. Escrevo para ajudar brasileiros a saírem das dívidas e a tomarem decisões financeiras mais conscientes.

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