Conheça os principais tipos de investimentos para colocar o seu dinheiro

Investir é uma das formas mais inteligentes de construir um futuro financeiro mais tranquilo. Mas diante de tantas possibilidades — renda fixa, ações, fundos, criptomoedas, entre outros — é comum se sentir perdido.

Cada tipo de investimento tem suas próprias características, níveis de risco e objetivos. Por isso, entender como eles funcionam é essencial para montar uma carteira equilibrada, que combine segurança e rentabilidade.

A seguir, conheça os principais tipos de investimentos disponíveis no mercado e veja como escolher o mais adequado para você.

1. Renda fixa

A renda fixa é o tipo de investimento mais indicado para quem procura segurança e previsibilidade. Ao aplicar, o investidor já sabe como será a rentabilidade e o prazo. 

Por isso, é uma boa escolha para quem está começando ou prefere evitar grandes variações nos resultados.

Tesouro Direto

Os títulos do Tesouro Direto são emitidos pelo Governo Federal e estão entre os investimentos mais seguros do país. Há três tipos principais:

  • Prefixado: a taxa de rendimento é definida no momento da compra.
  • Pós-fixado: o retorno acompanha um índice, como a taxa Selic.
  • Atrelado à inflação: combina uma taxa fixa com a variação do IPCA, ajudando a preservar o poder de compra.

O Tesouro Direto tem liquidez diária, ou seja, o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento.

Além disso, é possível começar com valores baixos, o que o torna uma ótima porta de entrada para novos investidores.

CDB (Certificado de Depósito Bancário)

O CDB é um título emitido pelos bancos para captar recursos. Ao investir, você empresta dinheiro à instituição e recebe juros em troca.

Ele pode ser prefixado, pós-fixado (geralmente atrelado ao CDI) ou híbrido, que combina uma taxa fixa com a variação da inflação.

Um ponto positivo é a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura valores de até R$ 250 mil por CPF e por instituição em caso de falência do banco emissor.

LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) também são emitidas por bancos, mas voltadas para financiar setores produtivos.

Têm como vantagem a isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas e a proteção do FGC.

Esses investimentos podem ser prefixados ou pós-fixados e costumam ter prazos de resgate mais longos.  Por isso, são indicados para quem não precisa do dinheiro imediatamente.

Debêntures

As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas. Na prática, o investidor empresta dinheiro para a companhia e recebe juros como remuneração.

Existem dois tipos principais:

  • Simples, que pagam juros normalmente;
  • Incentivadas, que são isentas de Imposto de Renda e voltadas para projetos de infraestrutura.

As debêntures podem oferecer rendimentos altos, mas não contam com a proteção do FGC. Por isso, é importante avaliar bem a empresa antes de investir.

A renda fixa é indicada para objetivos de curto e médio prazo, como montar uma reserva financeira ou guardar dinheiro para uma meta específica.

2. Renda variável

A renda variável é recomendada para quem aceita correr mais riscos em troca de maior potencial de retorno.

Aqui, o rendimento não é conhecido antecipadamente, pois depende do desempenho do mercado.

Por isso, é mais indicada para quem já possui uma reserva de emergência e quer investir pensando no longo prazo.

Ações

Ao comprar uma ação, você adquire uma pequena parte de uma empresa e passa a participar dos resultados dela.

O lucro pode vir de duas formas:

  • Valorização das ações, quando o preço aumenta e você vende com ganho;
  • Dividendos, que são parcelas do lucro distribuídas aos acionistas.

É possível investir em ações diretamente pela bolsa de valores (B3) ou por meio de fundos de ações, administrados por especialistas.

Apesar das oscilações, as ações costumam apresentar bom desempenho em prazos mais longos.

Fundos imobiliários (FIIs)

Os Fundos Imobiliários permitem investir em imóveis sem precisar comprá-los. Eles reúnem recursos de diversos investidores e aplicam em empreendimentos como shoppings, galpões e escritórios.

Os lucros vêm dos aluguéis e da valorização das cotas, que podem ser compradas e vendidas na bolsa.

Outra vantagem é que os rendimentos pagos mensalmente pelos FIIs são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Por isso, eles são uma boa opção para quem busca renda passiva e diversificação.

ETFs (Exchange Traded Funds)

Os ETFs são fundos que acompanham o desempenho de um índice de referência, como o Ibovespa (no Brasil) ou o S&P 500 (nos Estados Unidos).

Ao investir em um ETF, o investidor tem acesso a várias empresas de uma só vez, o que aumenta a diversificação.

Eles têm taxas baixas, são de gestão passiva e podem ser comprados e vendidos como ações na bolsa.

Fundos de investimento

Os fundos de investimento reúnem recursos de vários investidores para aplicar em uma carteira diversificada, que pode incluir ações, títulos de renda fixa, câmbio e imóveis.

Cada fundo tem uma estratégia específica e é administrado por profissionais especializados.

Entre as vantagens estão a gestão profissional e a diversificação automática. Por outro lado, é importante observar as taxas de administração e performance, que podem afetar o retorno final.

3. Investimentos alternativos

Os investimentos alternativos são opções fora das categorias tradicionais de renda fixa e variável. Eles ajudam a diversificar a carteira e podem aumentar o potencial de retorno, embora apresentem mais riscos e menor liquidez.

Imóveis

Investir em imóveis é uma maneira tradicional de gerar renda passiva e proteger o patrimônio. O retorno vem por meio dos aluguéis ou da valorização do imóvel ao longo do tempo.

No entanto, esse tipo de investimento requer valores iniciais mais altos e envolve custos de manutenção e impostos. Também é preciso considerar eventuais períodos sem locação.

Criptomoedas

As criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, são moedas digitais baseadas em tecnologia blockchain, que garante segurança e transparência nas transações.

Elas têm alto potencial de valorização, mas também sofrem grandes variações de preço e não possuem regulação completa no Brasil.

Por isso, devem ser usadas apenas para diversificar uma pequena parte da carteira.

Commodities

As commodities são produtos básicos, como ouro, petróleo, café e soja, negociados em mercados internacionais.

Investir nesses ativos pode ajudar a proteger o capital em períodos de instabilidade econômica ou de inflação elevada.

O ouro, por exemplo, é considerado um ativo de refúgio, pois tende a se valorizar quando outros investimentos estão em queda.

Startups e negócios inovadores

Investir em startups é aplicar dinheiro em empresas novas e com grande potencial de crescimento.

O retorno pode ser alto, mas o risco também é grande, pois muitas dessas empresas ainda estão em fase de consolidação.

Esse tipo de investimento é mais indicado para quem já tem experiência e aceita correr riscos maiores em busca de oportunidades de longo prazo.

Conhecer os principais tipos de investimentos é o primeiro passo para tomar decisões mais seguras e planejar o futuro com tranquilidade.

Cada opção tem suas vantagens e riscos, e o ideal é combinar diferentes alternativas de acordo com seus objetivos e perfil financeiro.

Comece com o que é mais simples, aprenda no caminho e vá aumentando seus investimentos aos poucos.

O importante é dar o primeiro passo e construir o hábito de investir com constância e responsabilidade.

Quer continuar aprendendo a cuidar melhor do seu dinheiro? Leia nosso conteúdo sobre como começar a investir e veja os primeiros passos!

Summary

Roberta Firmino

Formada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com mais de 7 anos de experiência com conteúdo para web. Escrevo para ajudar brasileiros a saírem das dívidas e a tomarem decisões financeiras mais conscientes.

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