Como pagar INSS desempregado? Guia simples e atualizado

Ficar desempregado costuma trazer muitas preocupações: contas apertadas, insegurança sobre o futuro e aquela sensação de não saber o que vai acontecer nos próximos meses.

No meio disso tudo, uma dúvida aparece com frequência: será que é possível continuar pagando o INSS mesmo sem carteira assinada?

A boa notícia é que sim! Quem está sem trabalho pode seguir contribuindo para manter os direitos junto à Previdência Social!

Por isso, neste guia, vamos explicar de forma clara como pagar INSS desempregado, quais os valores disponíveis, como emitir a guia e até em quais situações vale a pena pagar atrasado. Acompanhe!

Como contribuir para o INSS estando desempregado?

Para continuar pagando o INSS mesmo sem carteira assinada, você precisa gerar a GPS (Guia da Previdência Social), que funciona como um boleto.

A emissão pode ser feita pela internet, no site da Receita Federal (Sistema de Acréscimos Legais – SAL) ou no aplicativo Meu INSS.

O processo é simples: basta preencher os dados, escolher a categoria “facultativo” e informar o número do seu NIT/PIS/PASEP (aquele que aparece na carteira de trabalho).

Depois de gerar a guia, o pagamento pode ser feito:

  • em bancos;
  • em casas lotéricas;
  • no internet banking;
  • pelo aplicativo do seu banco.

O prazo de vencimento é até o dia 15 do mês seguinte à contribuição. Se a data cair em fim de semana ou feriado, o pagamento pode ser feito no próximo dia útil.

Qual o valor para pagar INSS por conta própria?

Ao emitir a GPS, você precisa definir quanto deseja contribuir. Existem três opções:

PlanoAlíquota / Valor em 2025Benefícios garantidos
Baixa renda5% do salário mínimo = R$ 75,90Aposentadoria por idade,Auxílio-doença,Pensão por morte,Salário-maternidade.
Exige inscrição no CadÚnico e renda familiar de até 2 salários mínimos.
Simplificado11% do salário mínimo = R$ 166,98Aposentadoria por idade, auxílio-doença, pensão por morte e salário-maternidade.
Não conta para aposentadoria por tempo de contribuição.
Normal20% sobre valor entre R$ 1.518,00 e R$ 8.157,41
(mín. R$ 303,60 e máx. R$ 1.631,48)
Todos os benefícios, inclusive aposentadoria por tempo de contribuição.
Permite escolher a base de cálculo.


Assim, mesmo sem vínculo de emprego, você pode escolher a modalidade que melhor se adapta à sua realidade financeira e garantir a manutenção da sua proteção previdenciária.

O desempregado se enquadra em qual tipo de contribuinte?

Quando você está empregado, a contribuição ao INSS é automática: a empresa desconta uma parte do seu salário e repassa ao governo. Mas se perde o emprego, esse vínculo deixa de existir.

Nesse caso, você passa a ser um segurado facultativo. Isso quer dizer que não existe obrigação de pagar o INSS, mas você pode escolher contribuir para manter a chamada qualidade de segurado, ou seja, continuar protegido pelo sistema previdenciário.

Além dos desempregados, também se enquadram como segurados facultativos:

  • estudantes;
  • donas e donos de casa;
  • bolsistas de pesquisa (iniciação científica, mestrado e doutorado);
  • síndicos que não recebem remuneração;
  • pessoas que acompanham o cônjuge em trabalho no exterior.

Em todos esses casos, a contribuição não é obrigatória, mas garante direitos importantes.

Posso pagar INSS em atraso estando desempregado?

Às vezes a gente se atrapalha com as contas do mês ou simplesmente esquece de pagar a guia do INSS. Se isso aconteceu com você, não precisa se desesperar.

É possível regularizar os pagamentos mesmo depois do prazo, mas existem algumas regras importantes que você precisa conhecer antes de colocar tudo em dia:

  • O facultativo pode pagar até 6 meses de atraso, desde que já estivesse contribuindo nessa condição;
  • Acima desse período, pode ser necessário comprovar que tinha direito a contribuir, e ainda assim pode não contar para todos os benefícios;
  • Sempre que houver atraso, o valor vem com juros e multa calculados automaticamente no sistema.

O que é o período de graça do INSS?

Nem todo mundo sabe, mas o INSS garante um tempo de proteção mesmo se você parar de pagar as contribuições. Esse tempo é chamado de período de graça.

Funciona assim:

  • 12 meses de proteção após a última contribuição para segurados obrigatórios (CLT, autônomos etc.);
  • +12 meses se tiver ao menos 120 contribuições já feitas;
  • +12 meses se comprovar desemprego involuntário.

No total, o período de graça pode chegar a 36 meses para quem era empregado.

Já no caso do segurado facultativo (como quem está desempregado e paga por conta própria), o período de graça é menor: 6 meses.

Isso significa que, se você parar de pagar, ainda mantém a qualidade de segurado por meio ano. Mas depois desse prazo, perde a cobertura.

Por que vale a pena pagar o INSS estando desempregado?

Muita gente pensa: “Se estou sem renda, não vou gastar com INSS agora”. É compreensível, mas também arriscado.

Contribuir, mesmo com valores baixos, garante que você não perca o direito a benefícios que podem ser fundamentais em uma situação de emergência. 

Imagine precisar de um auxílio-doença ou até de uma pensão para sua família e descobrir que perdeu a qualidade de segurado por falta de contribuições?

Além disso:

  • você mantém a contagem do tempo de contribuição sem lacunas;
  • evita ter que cumprir novas carências quando voltar a contribuir;
  • consegue se planejar melhor para a aposentadoria.

Ou seja: é um investimento na sua proteção e no futuro da sua família.

Se ainda ficou em dúvida sobre qual plano escolher, uma boa ideia é conversar com um advogado previdenciário ou ligar para a Central 135 do INSS. Assim, você garante que está tomando a melhor decisão para o seu caso.

Manter suas contribuições ao INSS em dia é uma forma importante de proteger o seu futuro, mesmo durante o desemprego. Mas essa não é a única ajuda disponível.

Se você está sem trabalho, também pode contar com benefícios oferecidos pelo governo. Confira nosso conteúdo sobre ajuda do governo para desempregados e descubra quais são os principais direitos que podem aliviar esse momento.

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Roberta Firmino

Formada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com mais de 7 anos de experiência com conteúdo para web. Escrevo para ajudar brasileiros a saírem das dívidas e a tomarem decisões financeiras mais conscientes.

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