É muito mais comum estar endividado do que parece. Para que você tenha uma ideia, 40% dos Brasileiros acima dos 18 anos começaram 2019 com alguma dívida.
O grande problema é que muitas pessoas não sabem o que fazer para quitar suas dívidas, e esse processo pode ser mais simples do que parece.
Por isso nós separamos alguns caminhos que você pode considerar, e deixamos algumas dicas sobre como escolher a melhor opção, que funcione para você. Afinal, cada realidade financeira é única!
Você vai ver nesse conteúdo:
Toggle1. Renegociação
Fazer uma renegociação é uma forma eficiente de se livrar de uma dívida se você ficou inadimplente e não pôde pagar o valor atualizado da dívida — somados todos os juros.
Na prática, a renegociação é justamente chegar a um acordo de pagamento que você realmente consiga arcar, e que funcione para as suas partes.
Nesse caso, você deve entrar em contato com o credor para entender quais condições ele oferece para que você possa quitar sua dívida.
Geralmente as empresas oferecem descontos maiores ou juros menores se você opta por pagar à vista, ou parcelas que cabem no seu bolso, mesmo que o pagamento seja feito em mais vezes.
2. Empréstimo
Um empréstimo nada mais é que do que recorrer a outro credor, geralmente um banco, e tomar dinheiro emprestado para quitar uma dívida. Mas, no final, é como saldar uma dívida fazendo outra.
Porém, um empréstimo pode ser uma boa opção quando você não conseguir melhores condições de renegociação da dívida com seu credor, ou precisar tirar rapidamente seu nome do SPC.
Isso porque, muitas vezes, os juros e formas de pagamento do empréstimo são melhores do que os da sua dívida atual — especialmente se ela for antiga ou referente a compras muito altas, como casas e carros.
3. Negociação online
A possibilidade de negociar suas dívidas online traz diversos outros benefícios, além da praticidade.
Isso porque muitas empresas têm condições especiais para a negociação online, como descontos maiores e melhores formas de pagamento.
Além disso, em alguns casos, você pode fazer propostas de pagamento, de acordo com sua disponibilidade, e aumentar as chances de que a dívida seja realmente paga.
Embora o método ainda deixe algumas pessoas desconfiadas, saiba que os sistemas de negociação desse tipo possuem criptografia de dados, o mesmo sistema que os bancos usam, para que suas informações estejam seguras.
No geral é só acessar as plataformas, fornecer o seu CPF, e conhecer as possibilidades de pagamento que ela tem a oferecer.
4. Renda Extra
Todas as formas de quitar suas dívidas sugeridas anteriormente focam apenas na própria dívida. Mas a solução também pode ser conseguir juntar uma renda extra para se livrar do débito.
Existem diversas formas de conseguir um dinheiro a mais. Por exemplo:
- Ter um segundo emprego não-fixo, como Uber e Singu;
- Vender coisas que você não precisa ou não usa mais, como roupas ou eletrônicos.
- Trabalhar como freelancer de serviços, que você pode conseguir por meio de plataformas como 99freelas ou Get Ninjas;
- Criar infoprodutos — cursos online de coisas que você saiba fazer — e vendê-los em plataformas como o Hotmart;
Não importa qual será o seu caminho. O importante é que você tenha um objetivo claro: pagar suas dívidas. Portanto, resista quando se sentir tentado em usar esse dinheiro para outros fins.
5. FGTS
Há regras específicas para o uso do FGTS, como demissões sem justa causa ou problemas de saúde. Porém, em caso de quitação de financiamentos e compra de imóveis e carros, é possível usar o saldo no pagamento da dívida.
Caso você se encaixe em alguma possibilidade de saque desse fundo, vale a pena usá-lo para evitar negativação ou reverter esse cenário, antes que sua dívida vire uma bola de neve.
Leia também: Quanto tempo a CNH fica suspensa por dívida?
6. Refinanciamento
Dependendo do tipo de dívida que você tenha adquirido, uma forma de quitá-la pode ser fazendo um refinanciamento, como com automóveis e imóveis.
Ao optar por essa forma de pagamento, você deve ter certeza que está indo para uma linha de financiamento mais vantajosa do que a anterior, com juros mais baixos e parcelas que você consiga pagar.
No caso de automóveis, também conhecido como “empréstimo com garantia de veículo”, o cliente coloca o próprio veículo como garantia da operação para garantir melhores condições de pagamento.
O mesmo ocorre para imóveis, com a diferença de, por envolver um bem sólido e durável, os valores liberados e prazos de pagamento geralmente são mais altos.
7. Consolidação de dívidas
Você pode recorrer à consolidação de dívidas quando seu débito envolver diversas empresas ou mesmo muitos produtos de um mesmo credor, como cartão de crédito, cheque especial e empréstimo de um único banco.
Nesse caso, você pode transformar todos os seu débitos em uma única dívida e, a partir disso, quitar a nova dívida através do empréstimo ou da renegociação.
A vantagem dessa forma de quitar suas dívidas é que você não precisará administrar diversas contas diferentes e correr o risco de esquecer alguma ou se manter endividado.
Como escolher a melhor opção entre as formas de quitar suas dívidas
Para que você escolha a forma mais adequada para saldar seu débito é preciso analisar seu contexto e os recursos disponíveis e levar algumas dicas em consideração.
A primeira dica é, antes de tudo, colocar todas as contas no papel para ter certeza do tamanho da sua dívida e poder tomar melhores decisões. A segunda indicação é estabelecer o valor máximo que você consegue pagar, seja de parcela ou a dívida total, que não comprometa sua renda.
Em seguida, descubra todas as suas opções de quitação de dívida. Compare as taxas de juros de cada opção, os prazos oferecidos e as formas e condições de pagamento, por exemplo.
Caso consiga condição melhor de juros em uma opção e prazos melhores em outra, por exemplo, escolha aquela que vai fazer mais diferença para a sua situação atual.
Lembra do ditado “quem não chora, não mama”? Quando se trata de dívidas, leve ele a sério. É de interesse do credor também que você pague sua dívida, então às vezes vale a pena fazer contra-propostas.
Mas lembre que se você quebrar o acordo estabelecido nessa renegociação, você pode voltar a ficar com o nome sujo, perder as condições da renegociação e ter de volta a dívida original para pagar.
Por isso, crie um plano de ação. Estabeleça ações, cronograma e passo a passo com o que deve ser feito para que você consiga quitar o que deve e também para não criar novas dívidas. Você pode incluir neste plano, por exemplo, um limite de gastos no mês ou mesmo a reserva obrigatória de parte da sua renda.
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