Imagine entrar na sua conta no banco e perceber que parte ou todo o seu dinheiro sumiu?!
A primeira reação é, possivelmente, entrar em contato com o banco e falar que você foi roubado, alguém fez compras em seu nome ou aconteceu algum erro.
O problema é que o próprio banco pode ter, legalmente, retirado esse dinheiro.
Ou seja: fez com a sua autorização, e você nem se deu conta disso.
Esse texto existe para que você entenda quando, como e porque uma instituição financeira — independente de ser um banco digital ou tradicional — retira dinheiro da conta de um cliente, como você.
Você vai ver nesse conteúdo:
ToggleImportante: ele não pode fazer isso sem a sua autorização
É totalmente proibido que o banco tire valores da sua conta sem que você tenha permitido isso em algum momento.
Se isso acontecer, você pode entrar em contato com o gerente para resolver a questão ou até mesmo procurar o Procon da sua cidade.
O problema é que nem todo mundo lê o contrato…
Ou seja: muita gente está autorizando o banco a fazer essas retiradas sem saber, ao contratar um produto ou serviço e não ler o contrato.
Alguns desses acordos de abertura da conta ou do cartão de crédito, informam que em caso de dívidas, por exemplo, o banco poderá tirar dinheiro da conta do cliente.
Também existem situações em que se o saldo não for suficiente, mas a pessoa tiver saldo no cheque especial, a instituição pode retirar o valor e deixar o saldo negativo.
Todas essas informações precisam ser especificadas do documento. Dessa forma, quem assina o contrato sem ler pode ter uma surpresa desagradável.
Portanto, leia o contrato com muita atenção antes de assinar!
Quando o banco pode tirar dinheiro da minha conta
Como já falamos, existem muitas situações que podem fazer o banco debitar dinheiro da sua conta.
Veja as principais:
Tarifas
Taxa de anuidade do cartão de crédito, taxas bancárias — de saques e transferências, por exemplo — , são tarifas que podem ser cobradas direto na sua conta.
Também podem ser cobrados alguns impostos, como é o caso do IOF, que geralmente cai sobre algumas atividades bancárias, como compras internacionais com o cartão de crédito.
Por isso, é importante estar atento ao extrato bancário, já que esse valor varia de acordo com o seu tipo de conta e o banco no qual faz parte. Inclusive, essa taxas podem nem existir para você.
E, além disso, porque esses valores podem mudar com o tempo.
Um exemplo comum são as contas universitárias, de depois de certo tempo, passam a ter tarifas diferentes, geralmente mais altas.
Juros
O banco pode debitar juros da sua conta devido a um atraso de pagamento ou utilização um serviço, como cheque especial ou empréstimo..
E esses são, talvez, o tipo de retirada na conta que as pessoas menos percebem, especialmente porque os valores não costumam ser tão altos.
Compensação do cheque especial
O cheque especial é um tipo de empréstimo.
O seu uso acontece quando você não tem mais saldo na conta e ainda assim usa a função débito ou faz saques, quando o seu banco te dá limites para isso. E assim, o seu saldo fica negativo.
Dessa forma, o valor é automaticamente cobrado quando a sua conta volta a ter dinheiro.
Ou seja, o banco tira o dinheiro que você gastou na conta, mais o valor pelo serviço e os juros, de acordo com o tempo que você demorou para voltar a ter saldo.
O maior problema disso é que o cheque especial tem um dos juros mais altos do mercado, se comparado a outros serviços como empréstimos e cartão de crédito.
Por isso, a retirada na sua conta pode ser realmente assustadora.
Compensação de dívidas
Existem vários serviços e produtos oferecidos pelo banco que podem gerar dívidas — que se não forem pagas em dia podem permitir que o banco tire dinheiro da sua conta:
- Fatura do cartão de crédito;
- Empréstimos;
- Contratação e uso de seguros.
Qualquer um desses pagamentos em atraso, se especificado em contrato — o que geralmente está — faz com que o banco tenha direito, legalmente, de tirar dinheiro de você.
E esses talvez sejam os casos que as pessoas menos têm conhecimento, e em que as retiradas são maiores.
Porque, como dissemos anteriormente, além do valor, podem ser descontados os juros pelo atraso desse pagamento.
Débito em conta
O débito em conta pode ser uma boa saída para quem sempre se esquece de pagar contas e quer mais praticidade.
Nessa modalidade, valores de consumo (água, luz, internet) e outros pagamentos, como os de serviços online (Netflix, Spotify) são descontados automaticamente na conta bancária no dia do vencimento.
Como os valores podem mudar de acordo com o seu uso, é sempre bom conferir o extrato do banco.
Também vale destacar que você precisa autorizar o banco a fazer o débito automaticamente.
Erros
Apesar de não ser comum, é possível que o banco cometa o erro de movimentar a sua sem a sua autorização.
Isso só vai ser identificado se você tiver analisar o seu extrato bancário. Portanto, é muito bom ter esse hábito para ter mais controle sobre as suas finanças.
Se perceber que o banco debitou um valor por engano, procure o seu gerente o mais rápido possível para resolver o problema.
Eu não tenho mais o meu contrato. O que eu faço?
É muito importante guardar com cuidado todos os seus contratos.
Entretanto, se algo aconteceu e você não consegue encontrar a sua via, é seu direito entrar em contato com o banco para solicitar uma nova cópia.
Afinal, a empresa também precisa arquivar esse documento.
Após ter acesso ao contrato, você poderá verificar se os valores retirados da conta foram autorizados por você.
Para não ser surpreendido e ter menos dinheiro do que esperava no banco, o melhor a se fazer é ficar de olho em toda quantia que entra e sai da sua conta.
Dessa forma, é possível planejar o orçamento, evitar empréstimos e dívidas que podem negativar o seu nome. Se a sua vida financeira não está tão organizada assim, e você não faz ideia de para onde está indo o seu dinheiro, aproveite para conferir a nossa lista com 14 aplicativos de gestão financeira que podem te ajudar nesse problema.
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