Tire todas as suas dúvidas sobre o cartão adicional

Se você já precisou emprestar o cartão de crédito para alguém da família, sabe como isso pode ser desconfortável. O cartão adicional foi criado justamente para resolver essa situação: ele permite que outra pessoa de confiança tenha um cartão próprio, mas vinculado ao seu, sem precisar abrir uma nova conta.

Ainda assim, muita gente tem dúvidas sobre como ele funciona — se aumenta o limite, se gera fatura separada, se pode ser usado mesmo com o nome sujo e quais são, de fato, as vantagens de pedir um. Neste artigo, vamos esclarecer tudo isso para que você saiba exatamente quando vale a pena solicitar um cartão adicional!

Como o cartão adicional funciona?

O cartão adicional é, basicamente, uma extensão do cartão de crédito do titular. Na prática, o banco emite um novo cartão, com o nome da pessoa escolhida, mas que continua vinculado à conta principal. Isso significa que não há um novo contrato nem uma nova linha de crédito, apenas um meio de pagamento a mais para dividir o mesmo limite já existente.

Esse recurso costuma ser muito usado por famílias. Em vez de pais e filhos ficarem trocando o mesmo cartão, cada um passa a ter o seu, com número e senha próprios. Tudo o que for gasto aparece na mesma fatura, o que facilita o acompanhamento. Mas aqui vem o detalhe: como todos usam o mesmo limite, é preciso ficar atento para não ultrapassá-lo.

Em resumo: o cartão adicional não é outro cartão de crédito, e sim uma forma de compartilhar o crédito já liberado pelo banco, mas com mais comodidade e praticidade no dia a dia.

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Ele aumenta o meu limite?

Não, o cartão adicional não cria limite novo. Ele apenas “divide” o valor já disponível entre os usuários. Se o titular tem R$ 4.000 de crédito, por exemplo, e gastar R$ 2.000, o adicional só poderá gastar até R$ 2.000 também. O valor total é sempre o mesmo.

É comum que algumas pessoas acreditem que o adicional dá um “reforço” no crédito, mas não é assim que funciona. O que muda, na prática, é apenas a forma de usar o limite já existente: em vez de apenas o titular ter acesso, ele pode compartilhar com outras pessoas de confiança.

Por isso, antes de pedir um adicional, vale avaliar se o limite atual é suficiente para cobrir as necessidades de todos os usuários.

Tem como colocar limite no cartão adicional?

Em vários bancos, sim. Hoje, muitas instituições permitem que o titular determine um valor máximo de gasto para cada cartão adicional. Isso ajuda a controlar o orçamento e evita surpresas na fatura.

Exemplo: se o limite do cartão principal é de R$ 5.000, o titular pode definir que o adicional só terá disponível R$ 800. Esse “sub-limite” dá mais tranquilidade e evita que a pessoa autorizada comprometa todo o crédito.

Por outro lado, nem todos os bancos oferecem essa opção. Alguns ainda trabalham com limite único para todos os usuários. Por isso, a dica é sempre checar no aplicativo ou diretamente com a instituição se é possível configurar esse controle.

Cobra anuidade?

A cobrança de anuidade varia bastante conforme o banco e o tipo de cartão. Em cartões mais simples, a taxa costuma ser gratuita, tanto para o titular quanto para o adicional. Já nos cartões de categorias mais altas, como Platinum, Black ou Infinite, é comum que exista cobrança — às vezes no mesmo valor do titular, outras vezes reduzida.

Veja alguns exemplos práticos:

  • Nubank: não cobra anuidade, nem para o titular nem para o adicional.
  • Itaú: em alguns cartões, como o Itaú Mastercard Black e o Itaú Personnalité Mastercard Black Pontos, o adicional é gratuito. Porém, em outros há cobrança de 50% do valor da anuidade do cartão titular.
  • Santander: depende da modalidade; em alguns casos, há isenção, em outros, o adicional paga uma fração da anuidade.

Ou seja: não existe uma regra única. O ideal é conferir as condições específicas do cartão antes de solicitar o adicional.

Tem fatura separada?

Na maioria das vezes, não. Os gastos do titular e dos adicionais aparecem juntos em uma única fatura, mas organizados por número final de cada cartão. Assim, é fácil identificar quem fez cada compra, mesmo que o boleto seja o mesmo.

Porém, algumas instituições oferecem a opção de faturas separadas para dependentes. Nesse formato, os gastos vêm discriminados em documentos diferentes, mas ainda assim a cobrança continua sendo responsabilidade do titular.

O modelo de fatura única costuma ser o mais comum porque facilita a gestão de pagamentos. Já a fatura separada pode ajudar no controle de quem está gastando mais, o que pode ser útil em famílias com vários adicionais.

Quem paga a fatura?

Independentemente de quem tenha feito as compras, a responsabilidade de pagamento sempre será do titular. É o nome dele que aparece no contrato e, portanto, é ele quem responde perante o banco em caso de atraso ou inadimplência.

Isso não significa que o adicional não possa repassar o valor gasto, mas esse é um acordo particular entre as partes. Para a instituição financeira, só importa que o titular quite a fatura na data de vencimento.

Por isso, é importante ter uma boa conversa antes de liberar um adicional. Assim, evita-se que o titular fique sobrecarregado com dívidas que não foram combinadas.

Leia também: Quais são as consequências de atrasar a fatura?

A senha é a mesma do titular?

Não. Cada cartão adicional tem sua própria senha, enviada de forma separada pela instituição financeira. O banco geralmente envia tanto o cartão quanto a senha para o endereço do titular, que precisa desbloquear o produto antes de entregá-lo ao dependente.

Depois do desbloqueio, a recomendação é que o usuário adicional troque a senha por uma de sua escolha, garantindo mais segurança. Isso evita riscos como fraudes ou o compartilhamento da senha principal do titular.

Ou seja: embora o limite seja compartilhado, cada cartão funciona de forma independente no uso, com número, senha e até chip próprios.

O cartão adicional aumenta o score?

Não, o simples fato de pedir um cartão adicional não faz o seu score aumentar. O que realmente influencia a pontuação de crédito é a forma como você administra o seu crédito — e isso inclui os gastos feitos tanto por você quanto pelos adicionais.

Como titular, todo o histórico de pagamento continua sendo registrado no seu CPF. Se a fatura for paga sempre em dia, esse comportamento ajuda a manter uma boa imagem diante do mercado, o que pode contribuir positivamente para o score. Agora, se houver atraso ou inadimplência, é o seu nome que ficará negativado e a sua pontuação cairá.

Em outras palavras, o cartão adicional pode até não “elevar” o score por si só, mas ele pode ajudar ou atrapalhar a sua reputação financeira dependendo da forma como os pagamentos forem feitos. Por isso, ao liberar um adicional, é importante:

  • Definir limites claros de gastos para evitar surpresas na fatura.
  • Acompanhar regularmente o extrato pelo aplicativo do banco.
  • Combinar com o dependente sobre datas de pagamento e valores que ele deve reembolsar, se for o caso.

Quem tem nome sujo pode ter cartão adicional?

Sim, uma pessoa com nome negativado pode usar um cartão adicional. Isso acontece porque o contrato de crédito é feito apenas no nome do titular. Ou seja, quando você solicita um cartão extra para alguém de confiança — mesmo que essa pessoa esteja com o CPF restrito —, o banco não faz uma nova análise de crédito em cima dela.

Na prática, o adicional funciona como uma extensão do seu cartão. O banco continua enxergando você, titular, como único responsável pelo pagamento da fatura. Se tudo for pago em dia, não importa se o dependente está com nome limpo ou sujo, porque o relacionamento do crédito é apenas com você.

Quais são as vantagens?

O cartão adicional pode trazer várias facilidades tanto para o titular quanto para quem recebe o cartão. A primeira e mais clara é a praticidade: o dependente não precisa mais pedir o cartão emprestado ou depender da presença do titular para fazer uma compra. Cada um tem o seu próprio cartão, com nome e senha, o que dá autonomia e evita transtornos no dia a dia. Essa vantagem fica ainda mais evidente quando os usuários não moram na mesma casa ou estão em cidades diferentes.

Outra grande vantagem é o acúmulo de pontos e benefícios. Como todas as compras — do titular e dos adicionais — são centralizadas em um único contrato, os gastos somam mais rapidamente nos programas de pontos, cashback ou milhas. Isso significa mais chances de trocar por viagens, produtos ou descontos, sem precisar de cartões separados.

O adicional também pode ser uma forma de inclusão. Muitas pessoas, especialmente jovens que ainda não têm histórico de crédito ou até mesmo familiares com nome negativado, conseguem ter acesso ao cartão de crédito por meio dessa modalidade. Assim, podem fazer compras online, parcelamentos e outras transações que exigem cartão, sempre sob a responsabilidade do titular.

Há ainda o aspecto educacional: muitos bancos permitem emitir cartões adicionais para maiores de 16 anos. Nesse caso, os pais podem definir um limite específico para o filho e usar o cartão como ferramenta de educação financeira. O jovem aprende, na prática, a lidar com crédito, respeitar limites e organizar seus gastos, mas sempre com supervisão.

Além dessas, outras vantagens do cartão adicional são:

  • Controle centralizado: o titular acompanha todos os gastos em uma única fatura, o que facilita a gestão financeira da família.
  • Segurança: o dependente não precisa andar com dinheiro em espécie, reduzindo riscos em situações de emergência.
  • Flexibilidade: em muitos bancos, o titular consegue ajustar o limite, bloquear ou desbloquear o adicional diretamente pelo aplicativo.
  • Facilidade em emergências: se o dependente precisar de uma compra urgente e não tiver como pagar, o adicional resolve sem complicações.

Em resumo, o cartão adicional é uma solução prática que une conveniência, controle e até oportunidades de aprendizado. Ele facilita a vida de quem recebe, mas também pode trazer benefícios diretos para o titular.

E agora que você já tirou as suas dúvidas, que tal conferir o nosso artigo sobre como ganhar dinheiro com o cartão de crédito?

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Roberta Firmino

Formada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com mais de 7 anos de experiência com conteúdo para web. Escrevo para ajudar brasileiros a saírem das dívidas e a tomarem decisões financeiras mais conscientes.

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