Por mais que a gente enfrente desafios para nos relacionarmos melhor com o dinheiro — como a falta de emprego, instabilidade do cenário econômico e vários outros —, sabia que muitas de nossas atitudes são tomadas com base em programações mentais predefinidas?
Estamos falando das crenças limitantes sobre dinheiro: conceitos a respeito da vida financeira que ouvimos as pessoas falarem e que, por acreditar nesses conceitos, não entendemos que a realidade pode ser mudada ou não sabemos bem por onde começar.
Crenças limitantes sobre o dinheiro são pensamentos e afirmações que você acredita serem verdadeiras, mas que não são (ou, pelo menos, não completamente). Temos certeza de que pelo menos uma delas você já ouviu na vida. Quer ver?
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ToggleQuais são as crenças limitantes sobre dinheiro?
Muitas vezes elas são ouvidas ainda na infância e fazem com que as pessoas cresçam acreditando que é aquilo e ponto. Mas não é bem assim! Veja como as 7 crenças a seguir podem impactar (e muito) a sua vida.
1. “Juntar dinheiro é coisa de gente rica”
Esse pensamento é uma crença limitante que impede muitas pessoas de começarem a poupar. Embora seja verdade que a capacidade de poupança varia de acordo com a renda, é importante entender que juntar dinheiro não é exclusividade dos mais ricos.
Para quem tem uma renda menor, o desafio é maior, mas ainda assim é possível fazer um planejamento financeiro que permita pequenas economias. O segredo está na constância e na criação de hábitos que favoreçam a poupança, como cortar gastos desnecessários, definir prioridades e, sempre que possível, guardar um pouco para emergências ou objetivos futuros.
Mesmo que o valor seja pequeno, o importante é começar. Com o tempo, essas economias podem crescer e proporcionar uma maior segurança financeira. Portanto, não pense que poupar é algo inalcançável—é uma prática que pode ser adaptada à realidade de cada um, mesmo que aos poucos.
2. “Não dá para ter dinheiro do jeito que o país está!”
É verdade que a situação econômica do país afeta, sim, as finanças das pessoas, especialmente aquelas que já enfrentam dificuldades e têm menos recursos. Em tempos de crise, com aumento do desemprego e inflação, fica ainda mais complicado juntar dinheiro ou até mesmo manter as contas em dia. Para quem nasceu em uma família com menos condições financeiras, os desafios são ainda maiores, e isso não pode ser ignorado.
No entanto, apesar das dificuldades, é possível adotar estratégias para se organizar financeiramente e se preparar para enfrentar esses momentos mais difíceis. Uma organização a longo prazo, como o hábito de poupar, mesmo que seja pouco, pode fazer diferença. Ter um planejamento financeiro, evitar gastos desnecessários e buscar alternativas de renda extra são passos que ajudam a criar uma reserva para emergências, proporcionando um pouco mais de segurança em tempos instáveis.
Organizar-se financeiramente é um desafio, mas com paciência e disciplina, é possível enfrentar as dificuldades e até se preparar melhor para os momentos de crise.
3. “Dinheiro não traz felicidade!”
Em partes, essa frase é verdadeira, pois o dinheiro não compra amigos verdadeiros, tranquilidade, uma boa família e tantas outras coisas que contribuem para uma vida feliz.
Mas se não traz felicidade, ele traz liberdade! Sim, com dinheiro você fica livre de dívidas, pode comprar o que tem interesse, planejar seu futuro com calma e realizar sonhos que só o dinheiro compra. Isso é importante para ser feliz. Concorda?
4. “Preciso ter muito dinheiro para começar a investir”
Essa é uma das crenças limitantes mais vistas por aí — e um grande mito! Muitas pessoas pensam que investimento é coisa de gente rica e que pobre nem precisa cogitar essa hipótese. Mas saiba que existem investimentos para todos os bolsos.
O Tesouro Direto, por exemplo — que é como se você emprestasse dinheiro para o governo — é uma dessas modalidades e que pode ter investimentos a partir de R$ 30. Ou seja: se o seu orçamento está apertado, mas você consegue reservar um pouquinho para poupar, aqui está uma boa alternativa!
Ainda existe uma forma mais tradicional, que é a poupança, caso você ainda não queira se aventurar em outros tipos de investimentos. É só abrir uma conta desse tipo e colocar todo dinheiro que sobrar a cada mês.
5. “Nasci pobre, vou morrer pobre”
É verdade que as pessoas que nascem em famílias ricas têm mais oportunidades e facilidades ao longo da vida, e isso não pode ser negado. A desigualdade social é uma realidade, e quem tem menos recursos enfrenta desafios muito maiores para melhorar de vida. Porém, isso não significa que seja impossível mudar essa realidade.
Com esforço, estudo, organização e trabalho, é possível ir melhorando as condições aos poucos. Não se trata de uma mudança rápida ou fácil, e nem todos conseguirão atingir grandes fortunas, mas pequenos avanços, como conseguir uma educação melhor, adquirir novas habilidades ou economizar para uma reserva financeira, já representam uma grande vitória.
Cada passo dado em direção à melhoria das condições financeiras, por menor que seja, ajuda a construir uma base mais sólida para o futuro. É importante lembrar que o progresso pode ser lento, mas com paciência e determinação, é possível criar uma vida mais estável e financeiramente segura ao longo do tempo.
6. “Ficou rico porque fez algo de errado”
Essa é uma crença limitante bastante comum e que reflete uma visão negativa sobre o sucesso financeiro. É verdade que existem casos de enriquecimento ilícito, mas generalizar e acreditar que toda pessoa que alcançou estabilidade ou riqueza o fez de forma desonesta é prejudicial. Isso limita a nossa visão sobre o que é possível conquistar de forma ética e com esforço.
O sucesso financeiro pode ser resultado de uma combinação de fatores, como educação financeira, oportunidades, planejamento, e sim, em alguns casos, uma dose de sorte. No entanto, atribuir o sucesso dos outros apenas a práticas desonestas nos impede de reconhecer que há caminhos legítimos e acessíveis para melhorar nossas próprias condições.
Focar em aprender sobre finanças, buscar oportunidades de crescimento e adotar práticas responsáveis pode ajudar a construir uma vida financeira mais segura e estável. Ao invés de enxergar o sucesso como algo inatingível ou duvidoso, é mais produtivo buscar maneiras honestas de alcançar nossos objetivos, respeitando nossos valores e trabalhando com ética.
7. “Eu não levo jeito com dinheiro”
Dizer que não leva jeito com dinheiro é mais uma crença limitante que pode ser superada. A gestão financeira pessoal não é um talento nato, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida com prática, paciência e, principalmente, educação financeira.
Todos podem aprender a lidar melhor com o dinheiro, independentemente de suas experiências passadas ou do nível de conhecimento atual. Comece aos poucos: organize suas finanças, anote seus gastos, estruture suas prioridades, estabeleça um orçamento e siga-o rigorosamente. Com o tempo, essas práticas se tornam parte da rotina, e o que parecia difícil começa a fazer sentido.
Além disso, existem inúmeros recursos disponíveis para ajudar nesse processo, desde cursos online até aplicativos de controle financeiro. Ao se dedicar a aprender e aplicar esse conhecimento, você pode transformar sua relação com o dinheiro e alcançar uma gestão mais saudável e eficaz.
Como descobrir quais são as minhas crenças limitantes?
Identificar crenças limitantes é o primeiro passo para se libertar delas, mas nem sempre é fácil percebê-las. Muitas dessas crenças estão tão enraizadas que passam despercebidas no nosso dia a dia.
Para começar, reflita sobre as frases que você escutou durante a vida sobre dinheiro. Essas frases moldaram sua percepção sobre finanças? Você se pega repetindo essas mesmas ideias? Esses questionamentos ajudam a identificar se você possui alguma crença limitante.
Outra forma eficaz é prestar atenção em como você reage em situações financeiras. Sente medo ao pensar em investir? Acredita que nunca conseguirá poupar? Essas reações podem ser um sinal de que você tem crenças limitantes.
Além disso, conversar com amigos ou familiares sobre dinheiro pode trazer à tona crenças que você nem sabia que tinha. Eles podem oferecer uma perspectiva diferente, ajudando você a identificar pensamentos que limitam seu crescimento financeiro.
Finalmente, o autoconhecimento é fundamental. Práticas como a meditação ou a escrita de um diário podem ajudar a trazer à tona essas crenças. Ao escrever sobre seus sentimentos e pensamentos em relação ao dinheiro, você pode começar a notar padrões que revelam crenças limitantes. Quanto mais você se conhece, mais fácil será identificá-las e questioná-las.
O que causa a crença limitante?
As crenças limitantes têm origem em várias fontes, muitas vezes ligadas a experiências de vida, educação e influências culturais.
Desde pequenos, ouvimos nossos pais, avós e outras figuras de autoridade falando sobre dinheiro, e essas falas vão se tornando verdades incontestáveis ao longo do tempo. Se na sua casa sempre disseram que “dinheiro é difícil de ganhar”, por exemplo, é provável que você cresça acreditando que realmente é impossível prosperar financeiramente.
A cultura e o ambiente em que vivemos também têm um papel importante na formação dessas crenças. Em muitos lugares, falar sobre dinheiro é um tabu, e isso dificulta o aprendizado sobre finanças pessoais.
Além disso, a mídia, com suas narrativas sobre quem é rico ou pobre, também contribui para a formação dessas crenças. Filmes, novelas e até músicas podem reforçar ideias limitantes, como a de que o dinheiro é a raiz de todo mal ou que apenas pessoas com sorte conseguem ser ricas.
Outro fator são as experiências pessoais. Se você passou por dificuldades financeiras na infância ou testemunhou seus pais lutando para pagar as contas, pode ter desenvolvido uma visão pessimista sobre dinheiro.
Essas experiências negativas se consolidam em crenças limitantes, que se manifestam em comportamentos que impedem o crescimento financeiro, como o medo de arriscar ou a dificuldade em poupar.
Como se libertar?
Libertar-se das crenças limitantes sobre dinheiro é essencial para transformar sua vida financeira. Isso pode parecer um grande desafio, mas com paciência e prática, é possível reprogramar sua mente para desenvolver uma relação mais saudável com o dinheiro.
Abaixo, estão os passos fundamentais para começar essa mudança:
1. Identifique suas crenças limitantes
O primeiro passo é reconhecer quais são as crenças limitantes que você carrega. Reflita sobre frases ou pensamentos que surgem quando você lida com dinheiro. Anote esses pensamentos e questione se eles são realmente verdadeiros ou se estão baseados em experiências passadas que não precisam mais definir sua realidade.
2. Substitua por crenças fortalecedoras
Depois de identificar suas crenças limitantes, é hora de substituí-las por crenças mais positivas e fortalecedoras. Por exemplo, se você sempre acreditou que “dinheiro é difícil de ganhar”, comece a afirmar para si mesmo que “é possível ganhar dinheiro de forma justa e honesta”.
Essa mudança de perspectiva ajuda a abrir novas possibilidades e a melhorar sua relação com o dinheiro.
3. Busque conhecimento e aplique na prática
Para reforçar essas novas crenças, busque conhecimento sobre finanças pessoais. Aprender mais sobre como o dinheiro funciona e como administrá-lo melhor pode transformar a maneira como você lida com suas finanças.
Comece a aplicar o que aprendeu no seu dia a dia, ajustando seu comportamento para que ele reflita suas novas crenças.
4. Pratique a persistência e a paciência
Mudar crenças enraizadas leva tempo e prática. Não desanime se encontrar dificuldades no caminho. Seja paciente consigo mesmo e persista na aplicação dos novos hábitos financeiros que está desenvolvendo.
Com o tempo, essas novas práticas se tornarão naturais, e você estará cada vez mais livre das antigas crenças limitantes.
E para começar a adotar comportamentos positivos que podem te ajudar a superar suas crenças limitantes, que tal conferir o nosso artigo sobre como você pode ganhar dinheiro com o seu cartão de crédito?