Entrar na faculdade é o sonho de milhões de brasileiros, mas nem sempre o orçamento acompanha esse desejo. As mensalidades costumam ser altas e, para muitas famílias, esse é um obstáculo.
A boa notícia é que existem alternativas criadas justamente para facilitar o acesso ao ensino superior. Uma das mais conhecidas é o financiamento estudantil, que ajuda a custear as mensalidades agora e dá mais tempo para organizar o pagamento no futuro.
Neste guia, você vai entender o que é o financiamento estudantil e como ele funciona na prática!
Você vai ver nesse conteúdo:
ToggleO que é financiamento estudantil e qual o seu objetivo?
O financiamento estudantil é uma linha de crédito voltada para o pagamento das mensalidades da graduação e, em alguns casos, também cursos técnicos ou pós-graduações.
A instituição financeira paga a faculdade diretamente e o estudante devolve esse valor em parcelas ao longo do tempo, com juros e correção.
O objetivo principal desse tipo de crédito é ampliar o acesso à educação. Ele permite que estudantes que não têm recursos imediatos para arcar com as mensalidades consigam estudar, planejar o pagamento e, ao mesmo tempo, investir no futuro.
Como funciona na prática?
O processo é relativamente simples, mas envolve algumas etapas importantes: escolher o curso e a instituição, simular valores, passar por análise de crédito, assinar o contrato e iniciar os estudos.
O dinheiro não vai para o aluno, mas sim direto para a faculdade, que recebe as mensalidades em dia.
Na sequência, o estudante assume o compromisso de pagar esse valor de volta ao banco ou programa de crédito.
Dependendo da modalidade, as parcelas podem começar durante o curso, em valores menores, ou apenas após a conclusão, quando a expectativa é que a pessoa já esteja empregada e em condições de arcar com a dívida.
Quais são os tipos de financiamento estudantil disponíveis?
Existem diferentes opções de financiamento, cada uma com suas regras, vantagens e desvantagens:
- FIES: programa público do governo federal, com juros reduzidos e regras específicas, como exigência de ter feito o Enem e limite de renda familiar.
- FIES Social: criado em 2024, voltado para estudantes de baixa renda inscritos no CadÚnico, com condições ainda mais acessíveis e possibilidade de financiar até 100% do curso.
- Crédito estudantil em bancos: oferecido por instituições privadas, é mais flexível na aprovação, mas costuma ter juros mais altos.
- Financiamento direto com a faculdade: opção de negociação interna, em que a própria instituição cria condições de parcelamento.
- Bolsas e financiamento coletivo: não são exatamente financiamentos, mas podem reduzir ou substituir o valor a ser pago, seja por meio de descontos ou de doações.
Quem pode solicitar e quais documentos são exigidos?
Nem todo financiamento estudantil funciona da mesma forma. Cada modalidade tem suas próprias regras, mas a lógica é simples: quanto mais acessível o programa, mais critérios de seleção ele costuma ter.
Nos programas públicos, como o FIES, o estudante precisa cumprir requisitos de renda familiar e ter feito o Enem com a nota mínima exigida
Já nos financiamentos oferecidos por bancos privados, o foco está no histórico de crédito do aluno (ou da família) e na comprovação de renda suficiente para assumir as parcelas.
Sobre a documentação, a lista geralmente inclui:
- RG e CPF;
- comprovante de residência;
- comprovante de renda;
- histórico escolar;
- declaração de matrícula.
Em alguns casos, a instituição pode pedir também um fiador, que é uma pessoa responsável por garantir o pagamento caso o estudante não consiga honrar a dívida.
O segredo é se organizar: tenha todos esses documentos separados antes mesmo de iniciar o processo. Assim, você evita atrasos e aumenta as chances de aprovação.
Quais são os custos e condições do contrato?
Os custos de um financiamento estudantil vão muito além das mensalidades. Eles incluem juros, taxas de correção monetária, seguros obrigatórios e possíveis exigências de fiador.
Alguns contratos também oferecem carência, ou seja, um período em que o pagamento só começa após a formatura.
O ponto mais importante é sempre observar o Custo Efetivo Total, conhecido como CET. Ele mostra exatamente quanto você vai pagar ao final do contrato, somando todas as taxas e encargos.
Comparar o CET de diferentes opções é a maneira mais segura de identificar qual financiamento realmente vale a pena.
Como escolher o melhor financiamento estudantil?
Escolher o financiamento certo pode evitar dores de cabeça no futuro. Por isso, antes de assinar o contrato, é essencial analisar bem as alternativas e planejar o pagamento. Veja os principais pontos!
Compare alternativas
Não se limite à primeira proposta que aparecer. Simule valores em diferentes instituições, observe os juros cobrados, o prazo total para pagamento e o momento em que as parcelas começam a ser cobradas. Essa comparação pode revelar diferenças enormes no valor final da dívida.
Financie apenas o essencial
Tente financiar o mínimo possível. Quanto menor a dívida, menores os juros e menor também o risco de comprometer seu orçamento nos próximos anos. Se tiver uma reserva, use parte dela para reduzir o valor financiado.
Leia o contrato com atenção
Os detalhes fazem toda a diferença. Verifique com cuidado as cláusulas sobre reajustes, taxas de juros, exigência de fiador e condições em caso de atraso. Se algo não estiver claro, peça explicações antes de assinar.
Planeje o pagamento após a graduação
Mesmo que o contrato ofereça carência, não deixe para se preocupar apenas depois. Comece a se organizar ainda durante o curso, guardando parte da renda ou buscando estágios que ajudem na transição. Assim, quando as parcelas chegarem, você já estará preparado.
O financiamento estudantil é uma ferramenta poderosa para quem deseja entrar na faculdade, mas não tem como arcar com as mensalidades de imediato.
Ele amplia o acesso à educação e pode mudar o rumo da vida profissional, desde que seja usado com consciência e planejamento.
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