Planejar a aposentadoria é essencial para garantir uma vida tranquila no futuro. Mais do que apenas contar com o benefício do INSS, o planejamento ajuda a tomar decisões conscientes, corrigir erros no histórico de contribuições e pensar em formas de complementar a renda.
Neste texto, você vai entender por que o planejamento previdenciário faz diferença, como colocá-lo em prática e quais são as melhores opções para construir uma aposentadoria segura. Confira!
Você vai ver nesse conteúdo:
Toggle- O que é a aposentadoria planejada?
- Por que planejar a aposentadoria?
- Passo a passo do planejamento previdenciário
- Passo 1: levantamento do histórico de trabalho e contribuições
- Passo 2: análise das regras de aposentadoria vigentes
- Passo 3: simulação dos cenários possíveis
- Passo 4: avaliação do padrão de vida desejado na aposentadoria
- Passo 5: estratégia de complementação de renda
- Passo 6: definir o valor que precisa ser acumulado até a aposentadoria.
- Passo 7: nonitoramento
- Qual é o melhor plano para se aposentar?
- Como simular a aposentadoria?
O que é a aposentadoria planejada?
A aposentadoria planejada é uma estratégia que visa garantir uma vida financeira tranquila e estável no futuro, por meio de ações antecipadas e bem estruturadas. Ou seja: é o processo de analisar, calcular e organizar as contribuições previdenciárias, investimentos e estilo de vida esperados para o período após o encerramento da vida laboral ativa.
Ao invés de deixar para resolver tudo em cima da hora, a aposentadoria planejada busca prever quanto será necessário para manter o padrão de vida desejado e como alcançar esse objetivo ao longo dos anos.
O planejamento pode incluir tanto os benefícios do INSS quanto previdência privada, investimentos, imóveis e outras fontes de renda passiva.
Por que planejar a aposentadoria?
Planejar a aposentadoria é uma forma de:
- Ter mais tranquilidade financeira: esse tipo de planejamento evita surpresas e permite manter a qualidade de vida mesmo sem renda ativa.
- Aproveitar melhor os benefícios: quem conhece as regras do INSS pode escolher o momento mais vantajoso para se aposentar.
- Diminuir as chances de erros e prejuízos: contribuições mal feitas, lacunas no tempo de serviço ou escolhas erradas podem diminuir ou atrasar a aposentadoria.
- Antecipar problemas: o planejamento te ajuda a identificar documentos ausentes, vínculos não reconhecidos ou oportunidades perdidas.
- Complementar a renda: essa estratégia também permite investir em previdência privada ou outras fontes de renda para complementar o benefício público.
De acordo com os dados de uma pesquisa nacional feita pela Serasa e divulgada na Agência Brasil, a maioria dos brasileiros (60%) iniciam o planejamento financeiro para a aposentadoria com apenas cinco anos de antecedência. Esse prazo, contudo, é muito curto, e faz com que mais da metade dos brasileiros precise continuar trabalhando para complementar a renda.
Ou seja: o planejamento previdenciário é uma forma de fazer escolhas mais conscientes e se preparar, desde já, para o futuro.
Passo a passo do planejamento previdenciário
A seguir, preparamos um passo a passo completo para te ajudar a planejar a sua aposentadoria. Ele leva em consideração a contribuição ao INSS, mas pode ser adaptado para as suas necessidades e objetivos pessoais. Olha só:
Passo 1: levantamento do histórico de trabalho e contribuições
Para começar o seu planejamento de aposentadoria, você deve consultar o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) no portal Meu INSS. Em seguida, corrija as inconsistências, caso haja: vínculos ausentes, salários de contribuição errados etc.
Passo 2: análise das regras de aposentadoria vigentes
Verifique as opções disponíveis de aposentadoria, como idade mínima, tempo de contribuição, aposentadoria por pontos, regras de transição etc. Depois, identifique qual regra é mais vantajosa para o seu perfil.
Passo 3: simulação dos cenários possíveis
Calcule o valor estimado do benefício e em que momento você poderá se aposentar. Para isso, você pode usar a calculadora do INSS, que te ajuda a entender o que ainda é necessário para a sua aposentadoria.
Compare diferentes datas e estratégias para encontrar a melhor opção para o seu caso.
Passo 4: avaliação do padrão de vida desejado na aposentadoria
Agora, é hora de listar despesas básicas, lazer, saúde e imprevistos. Estime quanto será necessário por mês para manter esse estilo de vida, e lembre-se: o nosso dinheiro perde o valor com o passar dos anos. Isso significa que uma aposentadoria de R$5.000,00 pode ser excelente hoje, mas defasada daqui algum tempo.
Passo 5: estratégia de complementação de renda
Agora que você já estimou quanto dinheiro vai precisar no futuro, avalie opções que te ajudem a complementar a renda da aposentadoria do INSS, caso você opte por recebê-la. Previdência privada, investimentos, imóveis, entre outros são opções viáveis, cujos valores tendem a acompanhar a inflação.
Passo 6: definir o valor que precisa ser acumulado até a aposentadoria.
Depois de todos esses cálculos, você poderá definir quanto dinheiro precisa juntar até se aposentar. Esse montante deve levar em consideração todas as fontes de renda que entraram na sua conta e as possíveis variações de mercado que devem acontecer até o ano em que você se aposenta.
Passo 7: nonitoramento
Lembre-se de avaliar o plano a cada ano, ou sempre que houver mudanças nas leis ou na sua situação pessoal. Assim, você consegue se organizar financeiramente para manter a aposentadoria como uma prioridade.
Qual é o melhor plano para se aposentar?
Não existe uma resposta única: o melhor plano de aposentadoria dependerá do seu perfil financeiro, tempo de contribuição, idade atual, objetivos e tolerância a risco.
Na tabela abaixo, nós apresentamos os modelos possíveis, para quem eles são mais indicados e suas principais vantagens. Confira:
Plano | Indicação | Vantagens |
INSS | Trabalhadores formais e MEI. Ele é “obrigatório”, no sentido de que a contribuição será feita mesmo que o trabalhador não deseje, mas há a possibilidade de se aposentar por outros meios. | Benefício vitalício, com proteção contra invalidez e pensão por morte. |
Previdência Privada (PGBL ou VGBL) | Ideal para quem quer complementar a renda do INSS. | Flexibilidade de aportes, incentivos fiscais (no PGBL), e liberdade de escolha de fundos. |
Investimentos financeiros (Tesouro Direto, fundos, ações, etc.) | Para perfis mais ativos e dispostos a gerenciar a própria aposentadoria. | Potencial de rendimento maior, diversificação e liquidez. |
Imóveis para aluguel | Indicado para quem busca renda passiva com bens físicos. | Geração de renda estável e valorização patrimonial. |
Lembre-se: o ideal é diversificar, combinando o INSS, uma previdência privada e outras fontes de renda. Um bom plano envolve equilíbrio entre segurança e rentabilidade.
Como simular a aposentadoria?
Simular a aposentadoria é fundamental para entender quanto você receberá e quando poderá se aposentar. E esse processo está disponível de diferentes formas. São elas:
Simulador do Meu INSS
- Acesse meu.inss.gov.br;
- Faça login com seu CPF e senha do gov.br;
- Vá em “Simular Aposentadoria” para ver os possíveis cenários com base no seu histórico real de contribuições.
Simuladores de previdência privada
Bancos e corretoras oferecem simuladores online. Você informa:
- Idade atual e idade desejada para se aposentar;
- Quanto quer receber por mês;
- Quanto pode investir por mês.
O simulador mostra o valor que você precisa acumular e quanto deve aplicar regularmente.
Planilhas e consultorias especializadas
É possível usar planilhas personalizadas ou contratar consultores previdenciários, principalmente em casos com regras complexas (como professores, servidores públicos ou quem tem períodos de trabalho no exterior).
E aí, deu para entender a importância do planejamento de aposentadoria? Confira, também, o nosso artigo sobre como pagar INSS retroativo!