Pedir um empréstimo pode ser a saída para resolver um aperto, organizar as contas ou realizar um plano importante, como comprar um carro ou uma casa.
Mas, para que a solução não vire dor de cabeça, é essencial entender como cada modalidade funciona, quais são os custos envolvidos e em quais situações cada uma faz sentido.
A seguir, você vai conhecer os principais tipos de empréstimo disponíveis no Brasil, explicados de forma prática. Acompanhe!
Você vai ver nesse conteúdo:
ToggleEmpréstimo pessoal (sem garantia)
O empréstimo pessoal sem garantia é o modelo mais simples e direto. O dinheiro cai na sua conta e pode ser usado como você preferir, sem a necessidade de justificar o motivo da contratação.
É uma modalidade bastante procurada em situações de emergência, pois costuma ter liberação rápida.
- Vantagens: contratação simples, rapidez no recebimento do valor e liberdade total de uso.
- Desvantagens: taxas de juros mais altas em comparação a outras opções e dificuldade de aprovação para quem está negativado.
- Quando vale a pena: em emergências, desde que você tenha certeza de que conseguirá pagar as parcelas sem comprometer o orçamento.
Empréstimo pessoal (com garantia)
No empréstimo com garantia o cliente oferece um bem, como um imóvel ou veículo, como forma de garantir o pagamento da dívida. O bem continua em uso, mas fica vinculado ao banco até a quitação total.
- Vantagens: juros menores, valores mais altos disponíveis e prazos mais longos de pagamento.
- Desvantagens: em caso de inadimplência, existe o risco real de perder o bem oferecido como garantia.
- Quando vale a pena: para quem possui um bem em seu nome e quer acessar crédito mais barato e com melhores condições.
Empréstimo consignado
O empréstimo consignado tem parcelas descontadas diretamente do salário ou benefício do INSS. Por ser considerado mais seguro para os bancos, costuma ter juros mais baixos que outros tipos de empréstimo.
É destinado a aposentados, pensionistas, servidores públicos, militares e trabalhadores CLT de empresas conveniadas.
- Vantagens: juros entre os mais baixos do mercado, facilidade de aprovação e pagamento automático.
- Desvantagens: pouca flexibilidade, já que não é possível adiar ou alterar as parcelas, além de possíveis dificuldades se houver perda do emprego.
- Quando vale a pena: indicado para quem se enquadra no público elegível e busca taxas mais acessíveis.
Cartão de crédito
O cartão de crédito também funciona como uma forma de empréstimo, já que você compra agora e paga depois. O limite liberado pela instituição é, na prática, um crédito temporário.
Ele é bastante prático e aceito em quase todos os lugares, mas também pode ser perigoso quando usado sem planejamento.
- Vantagens: praticidade, limite imediato, possibilidade de acumular pontos, milhas ou cashback.
- Desvantagens: juros altíssimos em caso de atraso e risco de endividamento por compras por impulso.
- Quando vale a pena: para quem tem bom controle financeiro e paga sempre a fatura integralmente, evitando o crédito rotativo.
Financiamento
O financiamento é um empréstimo voltado para a compra de bens de maior valor, como imóveis e veículos.
Nesse caso, o banco paga diretamente ao vendedor e você paga a dívida em parcelas ao longo de vários anos.
- Vantagens: permite adquirir um bem sem precisar ter todo o dinheiro à vista, pode usar o FGTS no caso de imóveis e oferece prazos longos.
- Desvantagens: dívida de longo prazo, necessidade de entrada inicial (geralmente 20% a 30% do valor) e juros que podem ser altos dependendo da negociação.
- Quando vale a pena: se você encontrou uma boa oportunidade de compra e consegue se organizar financeiramente para assumir a dívida.
Antecipação do FGTS
A antecipação do FGTS permite que o trabalhador receba de forma adiantada parcelas do saque-aniversário. O valor é liberado pelo banco e, depois, descontado automaticamente do saldo do fundo.
- Vantagens: taxas de juros mais baixas, pagamento automático e sem comprometer a renda mensal.
- Desvantagens: exige adesão ao saque-aniversário e impede o saque integral em caso de demissão sem justa causa.
- Quando vale a pena: para quitar dívidas com juros mais altos ou resolver algum imprevisto urgente.
Crédito estudantil
O crédito estudantil é voltado para quem deseja cursar o ensino superior e não tem condições de arcar com as mensalidades no momento. Pode ser oferecido tanto pelo governo (como o FIES) quanto por instituições privadas.
- Vantagens: facilita o acesso à educação e pode oferecer carência para o início do pagamento após a formatura.
- Desvantagens: os juros variam bastante e a dívida pode se estender por anos depois da conclusão do curso.
- Quando vale a pena: para quem não tem como pagar a faculdade de imediato e precisa do crédito para estudar.
Empréstimo por penhor
No penhor, um bem valioso, como joias ou relógios, é entregue como garantia. Após a quitação da dívida, o item é devolvido ao dono.
- Vantagens: liberação rápida do crédito e menos exigências de análise de perfil.
- Desvantagens: risco de perder o bem em caso de inadimplência e valores concedidos abaixo do real valor do item.
- Quando vale a pena: em situações emergenciais, quando não há outras opções de crédito disponíveis.
Cheque especial
O cheque especial é uma linha de crédito pré-aprovada, oferecida automaticamente pelo banco quando a conta fica no vermelho.
Apesar de ser tentador, ele pode gerar uma dívida muito cara em pouco tempo.
- Vantagens: acesso imediato ao crédito, sem burocracia.
- Desvantagens: juros entre os mais altos do mercado e grande risco de endividamento.
- Quando vale a pena: apenas em emergências muito pontuais e por períodos curtos.
Refinanciamento
O refinanciamento é quando você troca uma dívida por outra, geralmente com juros menores ou prazos melhores. Pode ser feito com imóveis, veículos ou até mesmo empréstimos antigos.
- Vantagens: possibilidade de reduzir as parcelas, reorganizar as dívidas e melhorar o fluxo do orçamento.
- Desvantagens: pode estender o prazo da dívida e exige disciplina para não criar novos débitos.
- Quando vale a pena: para quem já tem dívidas caras e deseja renegociar em condições mais vantajosas.
Como escolher o tipo de empréstimo ideal?
Antes de contratar, avalie três pontos principais:
- Qual é o objetivo do dinheiro?
- Quanto você pode pagar por mês sem comprometer outras despesas?
- Qual modalidade oferece as menores taxas para o seu perfil?
Sempre compare propostas, faça simulações e analise o Custo Efetivo Total (CET), que mostra o valor real da dívida, incluindo juros e encargos.
Lembre-se: empréstimos são dívidas, e a contratação só deve ser feita quando há um objetivo claro e planejamento para o pagamento.
A melhor escolha sempre depende da sua realidade financeira, do objetivo que você tem em mente e da sua capacidade de manter o pagamento em dia.
E se o seu desafio no momento for lidar com dívidas que já estão em aberto, vale conferir nosso conteúdo sobre por que dívidas antigas ainda aparecem na Serasa e o que fazer para tirá-las de lá.