Qual é o salário mínimo hoje?

Hoje, o salário mínimo no Brasil é de R$ 1.518, valor em vigor desde 1º de janeiro de 2025. Esse piso nacional serve como base para milhões de trabalhadores formais, aposentados e beneficiários de programas sociais em todo o país.

Mas o que está por trás desse valor? Como ele é calculado, quando será reajustado novamente e quais os direitos garantidos a quem recebe o mínimo? Neste guia completo, você vai entender tudo isso — e ainda conferir dicas práticas para se organizar financeiramente mesmo com uma renda apertada. Vamos lá?

Qual foi o último aumento do salário mínimo?

O salário mínimo subiu no começo de 2025. Ele foi de R$ 1.412 para R$ 1.518 — um aumento de R$ 106, ou 7,5% a mais do que o valor do ano anterior. Mesmo que o orçamento só tenha sido aprovado oficialmente em abril, esse novo valor já começou a valer desde 1º de janeiro. Ou seja: quem recebe salário mínimo já viu a diferença no bolso no pagamento de fevereiro.

Esse reajuste segue uma regra que o governo adotou para garantir que o salário mínimo continue acompanhando o custo de vida — e, se possível, vá um pouquinho além. Funciona assim:

  • Primeiro, entra na conta a inflação do ano anterior, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor);
  • Depois, se o país teve crescimento econômico, também entra o PIB de dois anos antes.

Quando deverá ser o próximo?

A previsão do governo é que o próximo reajuste do salário mínimo aconteça em janeiro de 2026. E, se tudo correr conforme o previsto, o novo valor será de R$ 1.630. Essa estimativa foi divulgada no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que define o planejamento do ano seguinte.

Se esse valor se confirmar, será um aumento de R$ 112 — ou seja, 7,37% a mais do que o salário atual. Mas é bom lembrar que ainda é uma projeção. O valor definitivo só será fechado no fim de 2025, quando o governo tiver em mãos dois dados importantes:

  • A inflação acumulada de 2025 (medida pelo INPC), que só sai em dezembro;
  • E o crescimento do PIB de 2024, que também entra na conta.

Se a economia estiver indo bem — com inflação controlada e o país crescendo — esse reajuste pode até se manter ou ser um pouco maior. Agora, se surgirem problemas como crises ou alta nos preços, o valor pode ser revisto.

O reajuste do salário mínimo é obrigatório para todos os trabalhadores?

Sim, e com uma observação importante: ele vale como valor mínimo de referência. Isso significa que nenhum trabalhador com carteira assinada pode receber menos do que o salário mínimo vigente no país, mesmo que o contrato seja antigo ou tenha sido assinado antes do novo valor entrar em vigor.

Então, quando o governo anuncia um novo salário mínimo, todas as empresas são obrigadas a se adaptar e atualizar a remuneração de quem ganha exatamente esse piso. Quem ganha mais do que o mínimo, porém, não tem garantia automática de aumento. Nesses casos, os reajustes dependem de acordos coletivos, convenções sindicais ou negociações diretas com o empregador.

Aqui vão alguns pontos importantes para entender melhor:

  • Quem recebe salário mínimo: o aumento é obrigatório e deve ser aplicado a partir da data oficial definida pelo governo (normalmente 1º de janeiro).
  • Quem tem salário acima do mínimo: o reajuste não é automático, mas pode acontecer por convenção coletiva ou decisão da empresa.
  • Estagiários, autônomos e MEIs: como não têm vínculo de emprego regido pela CLT, não são diretamente afetados pelo reajuste, mas podem sentir impactos indiretos, como mudanças em pisos da categoria ou reajuste de benefícios.

Como o valor do salário mínimo é calculado?

Desde 2023, a regra voltou a ser baseada em dois fatores principais:

  • Inflação do ano anterior, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor);
  • Crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.

Na prática, funciona assim: se a inflação foi alta, o salário precisa subir para compensar a perda de poder de compra. E se a economia cresceu, o governo inclui esse crescimento no reajuste para valorizar ainda mais o salário mínimo. Essa combinação busca proteger o trabalhador e, ao mesmo tempo, manter as contas públicas sob controle.

Qual é a diferença entre salário mínimo, piso salarial e salário líquido?

Esses três termos geram bastante confusão, mas cada um tem um significado diferente:

TermoO que significa
Salário mínimoÉ o valor mais baixo que um trabalhador pode receber por lei no Brasil. Nenhum salário pode ser menor do que ele.
Piso salarialÉ o valor mínimo definido para determinadas categorias profissionais (por exemplo, enfermeiros, professores, comerciários). Pode ser maior que o salário mínimo nacional.
Salário líquidoÉ o valor que realmente cai na conta do trabalhador, depois dos descontos (como INSS, imposto de renda, vale-transporte, etc.).

Então, o salário mínimo é uma base legal, o piso salarial é uma base específica para certas profissões e o salário líquido é o quanto você recebe no final do mês, depois de tudo descontado.

Posso ganhar menos que o mínimo?

Se você trabalha com carteira assinada (CLT), a resposta é não. Você não pode receber menos do que o salário mínimo nacional — e, em alguns casos, nem mesmo igual ao mínimo, se houver um piso salarial definido para a sua profissão. Isso é garantido por lei.

Mas atenção: há algumas situações específicas em que o salário pode ser proporcional ao tempo de trabalho, como:

  • Jornada parcial;
  • Contrato de meio período.

Mesmo nessas situações, o cálculo deve respeitar o valor/hora do salário mínimo.

O que devo receber de fato?

Se você trabalha com carteira assinada e cumpre a jornada padrão, o seu salário bruto deve ser, no mínimo, igual ao salário mínimo nacional — ou ao piso da sua categoria, se ele for maior. Mas o valor que vai cair na sua conta é o salário líquido, que já vem com os descontos obrigatórios.

Você pode usar essa listinha como base:

  • Salário bruto: R$ 1.518 (por exemplo)
  • Descontos obrigatórios:
    • INSS: varia de 7,5% a 14%, dependendo do valor
    • IR (se for o caso): pode ser isento ou ter desconto
    • Vale-transporte: até 6% do salário
  • Salário líquido: é o que sobra depois dos descontos e que vai, de fato, para sua conta

Para saber exatamente se você está recebendo o valor certo, o ideal é verificar:

  • O holerite (contracheque);
  • A convenção coletiva da sua categoria;
  • E os valores de desconto que estão sendo aplicados.

Quem ganha salário mínimo tem direito a quais benefícios?

Todo trabalhador com carteira assinada, independentemente do valor do salário, tem direito a uma série de benefícios garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Entre eles estão: férias remuneradas com adicional de 1/3, 13º salário, FGTS, aviso prévio, seguro-desemprego, vale-transporte (quando necessário) e, em muitos casos, vale-refeição ou alimentação.

Mas quem ganha um salário mínimo também pode ter acesso a alguns benefícios adicionais importantes. O principal deles é o abono salarial do PIS/Pasep, que funciona como um 14º salário para quem recebe até dois salários mínimos por mês e atende a outros critérios — como estar inscrito no programa há pelo menos cinco anos e ter trabalhado com carteira assinada por pelo menos 30 dias no ano-base.

Além disso, quem recebe um salário mínimo muitas vezes se enquadra nos critérios de renda exigidos para participar de programas sociais do governo, como:

Salário mínimo e dívida: como se organizar ganhando pouco?

Viver com um salário mínimo exige muito jogo de cintura, principalmente quando existem dívidas no caminho. O segredo está em entender bem o seu orçamento, priorizar o essencial (como moradia, alimentação e transporte) e buscar formas de reduzir ou negociar o que está pesando no seu bolso.

O primeiro passo é listar todas as suas despesas fixas e variáveis. Isso ajuda a enxergar para onde o dinheiro está indo e onde é possível cortar. Depois, é importante classificar as dívidas: quais estão atrasadas? Quais têm juros mais altos? O ideal é sempre priorizar aquelas que crescem mais rápido, como cartão de crédito ou cheque especial.

Vale lembrar que quem ganha um salário mínimo deve ter atenção especial com o endividamento: uma parcela que parece pequena pode comprometer uma parte significativa da renda. Por isso, manter um controle simples — com papel e caneta ou até um app gratuito — já ajuda muito a evitar novos atrasos.

O salário mínimo interfere no valor das dívidas?

Não diretamente. As dívidas não mudam de valor só porque o salário mínimo aumentou ou diminuiu. Mas o reajuste do mínimo pode, sim, ter um efeito prático no seu orçamento: se o valor que você recebe aumenta, mesmo que só um pouquinho, isso já pode ajudar a pagar uma parcela em atraso, encaixar uma negociação no orçamento ou até evitar novas dívidas.

Outro ponto importante é que, em casos de ações judiciais, como pensão alimentícia ou descontos automáticos em folha, o salário mínimo pode ser usado como base de cálculo.

O reajuste do mínimo pode mudar parcelas ou acordos?

Se você já tem um acordo fechado, o reajuste do salário mínimo não muda automaticamente os valores das parcelas. Mas, se o reajuste melhorou um pouco a sua renda, você pode tentar antecipar parcelas ou negociar condições melhores. O contrário também vale: se o reajuste foi muito pequeno e a dívida está pesando, talvez seja a hora de revisar o acordo para evitar inadimplência.

Dívida pode ultrapassar o salário?

Infelizmente, sim. Como não existe um limite legal que diga que uma dívida não pode ser maior que o salário da pessoa, é comum que isso aconteça — especialmente com juros e encargos acumulando. Mas é importante saber que, em caso de processo judicial, existe um princípio chamado de “impenhorabilidade do salário”, que protege parte da renda de quem ganha até um salário mínimo.

Ou seja: a dívida pode ultrapassar o salário, mas a justiça tende a preservar o mínimo necessário para sua sobrevivência.

Como negociar dívidas mesmo com salário mínimo?

Negociar dívidas mesmo com pouco dinheiro é possível, sim! E, hoje em dia, existem sites que facilitam muito esse processo. Pela Acerto, você pode negociar 100% online, de forma segura, com parcelas que cabem no seu bolso e até 99% de desconto no valor total da dívida.

O melhor é que o processo é simples e rápido: em menos de 5 minutos, você consegue consultar seu CPF, ver as dívidas em aberto e escolher a melhor proposta para pagar. Tudo isso sem sair de casa, direto pelo celular ou computador.

Esse tipo de negociação é uma excelente saída para quem ganha salário mínimo, porque você pode ajustar os valores das parcelas à sua realidade financeira — sem precisar enfrentar filas, burocracias ou ligações de cobrança. E o melhor: com o nome limpo, fica muito mais fácil voltar a ter crédito no mercado e organizar a vida financeira com mais tranquilidade.

Então, aproveite para consultar seu CPF na Acerto e começar a resolver as suas dívidas ainda hoje!

Summary

Roberta Firmino

Formada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com mais de 7 anos de experiência com conteúdo para web. Escrevo para ajudar brasileiros a saírem das dívidas e a tomarem decisões financeiras mais conscientes.

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