Saiba como funciona e como calcular o reajuste de aluguel

O reajuste de aluguel é um assunto que interessa tanto a inquilinos quanto a proprietários, já que afeta diretamente o valor pago mensalmente na locação de imóveis.

Esse reajuste, em geral, ocorre anualmente e está vinculado a índices inflacionários que refletem a variação do custo de vida no Brasil.

Neste artigo, explicamos de forma prática como esse processo ocorre, quais índices são mais comuns, como calcular, e o que fazer caso o reajuste seja maior do que o esperado.

Como funciona?

O reajuste de aluguel normalmente ocorre todo aniversário ou na renovação do contrato de locação. E o percentual de reajuste geralmente está relacionado a um índice da inflação, como:

  • IGP-M – Índice Geral de Preços – Mercado, divulgado todos os meses pela Fundação Getúlio Vargas;
  • IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), indicando também a inflação do país.

Outros índices podem ser utilizados, como INPC, IGP-DI, IVAR, mas são menos comuns. 

O índice a ser utilizado costuma estar previsto no contrato, então fique atento na hora de assinar ou renegociar sua locação!

Antigamente, o IGP-M era mais utilizado, mas, com a pandemia em 2020, ele apresentou uma alta expressiva. Por isso, desde então o IPCA ficou mais popular na hora de calcular o reajuste de aluguel.

Qual o índice de reajuste de aluguel em 2024?

Como vimos, o reajuste varia conforme o índice inflacionário determinado no contrato. E ele varia de acordo com o mês do ano e o acumulado no último período do contrato:

  • IGP-M: Segundo o anúncio da Fundação Getúlio Vargas, o IGP-M variou 0,29% em agosto, gerando um acúmulo de 2% no ano, e 4,26% nos últimos 12 meses.
  • IPCA:  O IBGE indica que a variação do IPCA do Brasil foi de -0,02% em agosto. Já o acumulado dos últimos 12 meses foi de 4,24%. Vale lembrar que o índice também pode variar de estado para estado.

Como calcular o reajuste de aluguel?

O cálculo do reajuste de aluguel é relativamente simples. Mas, precisamos nos atentar às variáveis envolvidas. Veja como fazer:

1. Identifique o índice de reajuste

Confira no seu contrato de locação qual o índice inflacionário estipulado para o cálculo. Depois, verifique nos sites oficiais (como FVG para IGP-M ou IBGE para IPCA), qual foi o acumulado dos últimos 12 meses.

2. Descubra o valor do reajuste

Para isso, basta multiplicar o índice pelo valor do aluguel atual. Por exemplo, se o índice for de 4,24%, como é o caso do IPCA acumulado até agosto de 2024, e o aluguel é de R$ 1.500, o reajuste será de R$ 63,60.

3. Confira o novo valor do aluguel

Adicione o valor reajustado ao aluguel vigente. No nosso exemplo, somamos R$ 63,60 a R$ 1.500, e o novo valor de aluguel é de R$ 1.563,60.

Essa fórmula pode ser aplicada para qualquer índice. Ou seja, se o contrato mencionar outro índice inflacionário, como INPC ou IGP-DI, o procedimento será o mesmo.

Veja também: Veja como funciona o programa Casa Verde e Amarela

Qual o reajuste permitido por lei?

Atualmente, não existe uma legislação que defina um teto específico para o reajuste do aluguel no Brasil, nem mesmo na Lei do Inquilinato (Nº 8.245/1991).

Assim, o reajuste deve seguir o que foi acordado entre as partes no contrato de locação, que geralmente é baseado em índices oficiais de inflação, como o IGP-M ou o IPCA.

No entanto, é importante que o percentual de reajuste seja razoável e proporcional ao índice inflacionário aplicado.

O que fazer se o reajuste foi acima do índice?

Se o reajuste do aluguel ultrapassou o índice estabelecido no contrato, ou está muito acima da inflação acumulada, o inquilino pode tomar algumas medidas.

Em contratos residenciais, os locatários têm o direito de negociar o reajuste junto ao proprietário. E, caso o locador insista em um reajuste abusivo, o locatário pode recorrer a uma negociação.

Ou, em último caso,  se a negociação falhar e o reajuste for considerado abusivo, é possível procurar ajuda jurídica para resolver a situação. O inquilino pode entrar com uma ação revisional de aluguel, onde o juiz poderá determinar um valor justo.

Estar bem informado sobre os índices de reajuste e como eles impactam o valor do aluguel é essencial para prever com mais precisão as despesas ao longo do ano e evitar surpresas financeiras.

Além disso, conhecer seus direitos em relação ao reajuste permite negociações mais justas, evitando cobranças abusivas ou aumentos desproporcionais.

Planejar e antecipar essas variações ajuda a manter um controle financeiro mais eficaz, especialmente para quem já lida com diversos custos fixos no orçamento.

E como o aluguel é considerado um custo fixo, vale a pena entender mais sobre como ele impacta seu orçamento mensal.

Quer aprender mais sobre como organizar seus custos fixos e variáveis? Confira nosso artigo sobre o tema!

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Roberta Firmino

Formada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e com mais de 7 anos de experiência com conteúdo para web. Escrevo para ajudar brasileiros a saírem das dívidas e a tomarem decisões financeiras mais conscientes.

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